segunda-feira, agosto 11, 2014

 

2ª feira da 19ª semana do Tempo Comum – S. Clara


Ali pairou sobre ele a mão do Senhor. (cf. Ez 1, 2-5.24-28c)

Deus não tem país, nem é propriedade de ninguém.
A Sua glória tanto se manifesta no templo de Jerusalém,
como na Tenda da Aliança, como na terra dos caldeus.
Ele é o Senhor do Universo e o Seu arco-íris abraça toda a terra.
O exílio amargo e salgado de lágrimas de humilhação,
torna-se tempo de purificação e alarga os horizontes do Mistério.
Ezequiel é o porta-voz da conversão e da esperança.

Aonde poderei ir e esconder-me de Ti, Senhor,
se nada sou sem o cordão de vida que em Ti me regenera?
Porque buscar-Te longe se em mim Te escondes?
O Teu coração é semelhante ao dos seres humanos,
mas em nenhum encontro amor tão gratuito.
Mesmo no exílio, em que os ventos são contrários
e o pão sabe a amargura, a Tua Mão nos dá força.

Senhor, Deus do Céu, do universo e dos abismos,
ensina-nos a pisar este terreno sagrado do tempo
e a fazer das relações uma liturgia de louvor.
Cristo, Filho de Deus e do Homem, disfarçado de quotidiano,
fortalece em nós a filiação divina
e recria-nos à imagem e semelhança de Deus.
Espírito de santidade, a renovar a face da terra,

faz de nós bons cidadãos do tempo e da eternidade.

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