segunda-feira, agosto 18, 2014

 

2ª feira da 20ª semana do Tempo Comum


Ezequiel será para vós um símbolo: fareis como ele fez. (cf. Ez 24,15-24)

Deus fala de muitas maneiras ao seu povo.
Só precisa de profetas que saibam interpretar
a linguagem dos acontecimentos e da natureza.
A morte súbita da mulher de Ezequiel e o seu não-luto,
tornam-se símbolo da queda de Jerusalém e do seu santuário,
de quem o seu povo há muito se tinha divorciado.
Não fazem luto, porque tinham deixado de alimentar a aliança!

A crise económica e financeira foi concebida ao luar
da mentira, da corrupção, do roubo e da ganância.
Mas as trevas da noite dão lugar à luz reveladora do dia.
O que parecia ouro não passa de barro pintado e oco.
Os que eram os heróis, agora são cretinos envergonhados!
Todos sofremos as consequências duma vida ilusória.
A ginástica criativa do encobrimento do mal
consumiu a alegria de viver e o confiança no ser humano.
Será que todos estes acontecimentos não nos despertam
para a verdade da vida, a ética, aquilo que permanece? 

Senhor, Palavra suave e persistente que sempre nos avisas
dos frutos que vamos colher da nossa sementeira quotidiana,
dá-nos a sabedoria de vivermos em aliança
e de sermos semeadores da verdade e do amor doado.
Cristo, Palavra encarnada na vida a fazer-se caminho,
faz de nós contemplativos da natureza e dos acontecimentos,
para refazermos, cada dia, a nossa vida na aventura da fé
e na ousadia da conversão a partir daquilo “que ainda nos falta”.
Dá-nos o Teu Espírito da fortaleza na tentação
e de amor libertador tanto na glória como na aflição.

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