domingo, agosto 31, 2014
22º Domingo do Tempo Comum
Mas havia no meu coração um fogo
ardente, comprimido dentro dos meus ossos.
(cf. Jer 20,7-9)
Deus
busca cativar pessoas que o amem,
que se
apaixonem por este Mistério que comunica vida.
Não
pretende servos temerosos e ardilosos
que
fogem ao primeiro sinal de perigo,
que
adormecem no sonho de serem deuses e senhores
e
balançam entre o rito solene e a infidelidade escondida.
Ser
profeta e seguir Jesus supõe resistência à conversão,
perseguição
à voz que radiografia a verdade da vida.
É
pelo fogo ardente que nos aquece o coração que vamos!
O
nosso coração acampa onde está o nosso tesouro!
Basear
a pertença religiosa na tradição, em catequeses,
ritos
e fórmulas de cor, promessas de SOS...
é ser
religioso por arrasto, por medo do desconhecido.
Quando
me mudo para a cidade e não encontro este apoio,
termina
a prática religiosa e sigo outros carneiros condutores.
Sem o
encontro pessoal com este Deus escondido,
sem o
atear deste fogo apaixonado, tudo é vago e camaleão.
Senhor,
palavra que nos faz viver e libertar do egoísmo,
seduz
o nosso coração e alimenta em nós este fogo
que
faz da vida uma busca inquieta e incessante
dum
amor infinito, eterno, incondicional e libertador.
Cristo,
perfume de amor em vaso pequenino de galileu,
preenche
o vazio que nos asfixia a vida
e
alarga os horizontes do nosso sonho de Te amar e Te seguir.
Espírito
de fogo faz da nossa vida uma sarça ardente
que Te
louva com a vida, ama sem limites e se doa sem medo.
Enviar um comentário