quinta-feira, setembro 18, 2014

 

5ª feira da 24ª semana do Tempo Comum


Em último lugar, apareceu-me também a mim, como o abortivo. (cf. 1 Cor 15, 1-11)

Ser cristão é pura graça do Senhor.
Não somos dignos de ser batizados no amor de Cristo,
nem de ser apóstolos da Sua misericórdia infinita,
mas somos o que somos pela graça de Deus.
Paulo perseguiu a Igreja com o seu zelo cego e intolerante,
mas Jesus veio ao seu encontro, vivo, perseguido e interrogante.
Por isso, Paulo sente-se um apóstolo que nasceu fora de tempo,
que não merecia ter nascido, mas foi encubado na Páscoa de Cristo.

O mundo está cheio de sentenças sem remédio,
gravadas no cadastro das fragilidades do passado.
Deixou-se de acreditar na conversão de vida
e a falta de esperança aborta a possibilidade de que esta aconteça.
Fica marcado para toda a vida quem nasce num bairro da periferia,
quem nasce numa etnia minoritária, quem nasce pobre,
quem nasce ou fica deficiente...
Fica cadastrado para sempre quem falhou uma vez e foi apanhado,
quem foi dependente de drogas, mesmo reabilitado,
quem cometeu adultério, mesmo se se arrependeu...
Nós, os fariseus puros e santos (seremos?),
continuamos a achar que os outros não têm remédio!

Senhor, Fonte de toda a consolação e salvação,
envolve-nos com a luz da Tua graça e cura-nos do pecado.
Cristo, Fonte de toda a graça e perdão misericordioso,
ajuda-nos a descer dos nossos pedestais de juiz implacável
e fraterniza o nosso coração com a Páscoa da tua Aliança.
Faz-nos ver-Te presente como médico obstetra de vida nova,
para que Te anunciemos com fidelidade e humildade obediente.

Enche-nos com o Teu amor e oxigena-nos a esperança.

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