segunda-feira, setembro 15, 2014

 

Nossa Senhora das Dores


Aprendeu a obediência no sofrimento. (cf. Heb 5,7-9)

A obediência aprende-se na escola do amor e da confiança.
Maria é filha de Abraão na obediência confiante no amanhã.
Deixa-se fecundar pelo Espírito antes de coabitar com José,
sujeitando-se ao repúdio e ao linchamento por adultério.
Cuida e educa o Seu Filho, guardando silêncio do mistério
e aguardando pacientemente a revelação do seu messianismo.
Está onde está Jesus, nas bodas de Caná e no Calvário,
como Mãe, como intercessora e como discípula.
Confia sempre, apesar de ser de noite e o coração a sangrar!
Por isso, a “Mãe do meu Senhor” é a “Mãe do Crucificado”,
e o Crucificado faz dela a “Mãe da Igreja”.

A maternidade da Igreja nasceu no jardim do Calvário.
São as dores do parto num sofrimento paradoxal:
participa na Páscoa do Seu Filho, sangrando sem ódio,
deixa-se fecundar pela vida nova do Ressuscitado
e associa-se à criação do novo Corpo de Cristo que é a Igreja.
É a Senhora das Dores porque é a bem-aventurada que chora
os seus filhos perdidos, doentes ou dependentes do pecado.
Só quem sofre de amor por Deus e pelos outros, como Maria,
sabe ser gratuita, visitar as periferias, solidarizar-se com o frágil.

Senhor Jesus, que Te comprazes em fazer a vontade do Pai,
ensina-nos a liberdade da obediência na fé,
mesmo quando a dor se sofre injustamente, sem analgésicos.
Maria, nossa Mãe querida e Mestra do seguimento,
ensina-nos a fidelidade ao Teu Filho, mesmo em contracorrente.
Mãe, manto protetor das lágrimas choradas no deserto,
faz-nos sensíveis e solidários com a dor dos invisíveis.

Intercede para sejamos fortes no teste do sofrimento.

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