domingo, outubro 26, 2014
30º Domingo do Tempo Comum
Se ele Me invocar, escutá-lo-ei,
porque sou misericordioso. (cf.
Ex 22,20-26)
Deus
ama-nos a todos com o mesmo amor,
mas
cuida mais cuidado dos que são mais frágeis.
Como
um bom Pai-Mãe não liga às birras do caprichoso,
mas
está atento ao gemido do pobre e do indefeso,
sobrecarregado
pela injustiça e explorado como mercadoria.
A
misericórdia de Deus é abrigo providente para o pobre
e
apelo de justiça e conversão para o mau filho desfigurado.
A
missão do Filho e do Espírito é modelar-nos um coração novo,
que só
saiba amar, cuidar, acolher, perdoar, louvar.
Um dos
sinais do tempos é a dignidade da pessoa humana.
No
entanto, quando esta é distorcida pelo individualismo,
o
centro deixa de ser as relações justas, fundadas no bem comum,
e
passam a ser “os meus direitos” e o “meu bem-estar pessoal”.
Em
nome do “eu todo poderoso” justifica-se o tráfico humano,
o
aborto, a eutanásia, a injustiça, a corrupção, a mentira,
a
destruição da natureza e do equilíbrio ecológico e social...
Num
mundo centrado no indivíduo não há lugar para o amor,
para a
gratuidade, para a festa inclusiva, para a misericórdia.
Senhor,
misericórdia infinita a cuidar da criação,
faz-nos nascer de
novo para o louvor perfeito
e para a
fraternidade solidária, justa e compassiva.
Cristo,
misericórdia divina com coração humano,
purifica-nos de
todo o egoísmo que nos aliena dos outros
e nos endurece o
coração, como carrascos cruéis.
Espírito de amor
ensina-nos a amar os irmãos,
quando rezamos ao
Pai e louvamos a sua misericórdia,
e a amar a Deus,
quando nos relacionamos com os outros,
e cuidamos deles
como de nós mesmos.
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