terça-feira, novembro 18, 2014

 

3ª feira da 33ª semana do tempo Comum – Dedicação das Basílicas de S. Pedro e S. Paulo


Se alguém ouvir a minha voz e Me abrir a porta, entrarei em sua casa, cearei com ele e ele comigo. (cf. Ap 3,1-6.14-22)

A Bíblia abre com Deus a passear em busca do ser humano (Gen 3,8)
e termina apresentando-nos Cristo a bater-nos à porta,
para sentar-se à mesa da comunhão e da misericórdia
e pernoitar no coração da aliança eterna.
É Deus, na infinita grandeza da sua missão de Pai-Mãe,
inquieto por servir a todos a salvação.
Por nosso amor, Cristo faz-se pedinte de acolhimento,
palavra que ilumina, dom de perdão, conversão que se alimenta.

O ser humano anseia por alguém que lhe bata à porta
e lhe diga que o ama e que gosta de estar com ele.
Nem todos os que nos batem à porta são amigos,
há os negociantes, os abusadores, os ladrões.
Muitos, cansados de serem enganados, fecham-se
e enchem a casa de música-ruído, bugigangas de consumo,
animais de estimação, amigos virtuais, solidão drogada.
Não aguentam o silêncio e desconfiam de um Amigo tão generoso
que lhe promete a vida eterna, em troca da verdade de vida,
da doçura da caridade e da alegria de servir o bem comum.

Senhor, cujo amor Te fez surpresa peregrina de salvação,
liberta-nos dos ruídos que nos impedem de Te ouvir
e de nos deixarmos conduzir pela Tua palavra.
Cristo, proximidade com andrajos de pedinte,
aumenta a nossa fé, para que Te abramos a porta confiante
e deixemos que a salvação entre na nossa casa.
Faz de nós peregrinos que vão ao encontro do outro
para lhe levar uma palavra amiga e a boa nova de salvação.



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