sexta-feira, novembro 28, 2014
6ª feira da 34ª semana do Tempo Comum
Os mortos foram julgados segundo as
suas obras, conforme o que estava escrito nos livros. (cf.
Ap 20,1-4.11-21,2)
Deus
deu-nos a possibilidade de escrevermos e reescrevermos
o
livro único e original da história da nossa vida.
Nada é
apagado deste livro de aventuras, escrito às escuras,
mas o
que conta é o que está a ser escrito hoje.
O
encontro com a Palavra encarnada faz-nos virar a página
e
aprender a escrever direito, coerente e em comunidade.
Cristo
oferece-nos a candeia do seu Espírito
e o
corretor da sua graça e dos sacramentos,
para
que o livro seja menos rasurado e mais belo,
perfumado
de amor e de louvor, de serviço humilde e alegre.
Numa
sociedade que cultiva a infidelidade consumista,
a
palavra é pródiga e infestante, mas é de validade limitada.
Tudo é
relativo e subjetivo, sem valor permanente.
O que
se revela, nem sempre é a realidade no teatro da vida.
Escondem-se
manuscritos no segredo das trevas,
que
mais tarde ou mais cedo a verdade vem revelar.
Prefere-se
a profissionalização na arte de escrever encriptado,
do que
na arte de escrever para aquele que é a Verdade.
Deus quer inspirar-nos um novo céu e
uma nova terra
e ensinar-nos a escrever e a permanecer
num parágrafo solidário.
Senhor, escritor de histórias de
salvação
nas linhas tortas da nossa vida, a
tatear a luz,
obrigado porque no teu coração não
existe o rancor
nem o ressentimento de um passado
desencontrado,
mas apenas o sonho eterno de a todos
nos salvar.
Cristo, Palavra próxima e fiel, numa
aliança eterna,
envia-nos o teu Espírito e ensina-nos
a gramática da paz,
a linguagem do amor, a caneta da
esperança,
a borracha do perdão e a poesia do
louvor ao desafio.
Louvado sejas Pai-Mãe que te alegras
com os nossos gatafunhos
e fazes deles uma bela e alegre
história de salvação.
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