sábado, novembro 29, 2014

 

Sábado da 34ª semana do Tempo Comum


No meio da praça da cidade, entre os dois braços do rio, está a árvore da vida; (Cf. Ap 22,1-7)

O livro do Apocalipse termina com a visão duma nova cidade.
É o paraíso renascido, onde Deus é acolhido como fonte da vida.
O trono de Deus e do Cordeiro é uma nascente de graça e de vida.
É este rio, resplandecente de santidade como um cristal,
que rega e alimenta a árvore da vida, no centro da cidade.
O valor da vida, fecunda, luminosa, festiva, inclusiva e eterna,
volta de novo a ser o centro das prioridades da cidade.
Tudo é comunhão e escuta de Deus,
abraço fraterno com os irmãos e harmonia com a natureza.

Onde está hoje o centro da cidade e a sua praça maior?
Qual é o lugar ou lugares de encontro onde se constrói a comunhão?
Há lugar para Deus iluminar a cidade ou prefere-se a luz artificial?
Há lugar para a árvore e o verde que fotossinta o dióxido de carbono?
Dá-se prioridade à fecundidade de vida para além da minha?
Se a cidade é a imagem do que somos, acreditamos e sonhamos,
dá que pensar a visão dum formigueiro apressado,
pelas avenidas ajardinadas de betão e de sem-abrigo,
e concentrado nos centros comerciais ou escondido em casa.
Felizes aqueles que escutando as profecias deste livro,
querem construir uma cidade sem maldição!

Louvado sejas, Deus Trindade, fonte inesgotável de amor.
Obrigado pela proposta de aliança que nos ilumina a esperança.
Planta e rega em nós a árvore da vida, generosa e feliz,
que semeia a paz, alimenta o amor e cura a divisão.
Torna-nos ouvintes sedentos da tua Palavra,
como alunos da arte de ver o invisível e construir comunhão.
Sê o Sol duma cidade nova, justa e feliz, solidária e fraterna,


onde todos se sentem filhos e irmãos em dignidade e oportunidades.

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