sexta-feira, outubro 31, 2014

 

6ª feira da 30ª semana do Tempo Comum


Deus é testemunha de que vos amo a todos no coração de Cristo Jesus. (cf. Fil 1,1-11)

Todos temos lugar no coração de Cristo
e o amor de Cristo a todos inspira sentimentos fraternos
com os quais gera a Igreja e semeia o Evangelho.
Aderir a Cristo é deixar que Ele se hospede na nossa vida
e nos faça pulsar o coração ao ritmo do amor sem limites.
Por isso, fazer memória da Páscoa de Cristo na Eucaristia,
pressupõe fazer memória dos irmãos e reconciliar-se com eles.
Comungamos Cristo para, com a sua graça, alargarmos o coração
e amarmos a todos com alegria no coração de Cristo Jesus.

Há a atração seletiva que só gosta do que lhe traz interesse.
Há o amor de reação que só é amigos dos seus amigos.
Há o amor familiar que cresceu com o tempo e o calor do sangue.
Há o amor apaixonado que une o diferente e fecunda a vida.
Há o amor em Jesus Cristo que constrói comunidade de fé,
sente o outro como irmão e com ele celebra a liturgia,
sofre com o infeliz e dele se abeira como bom samaritano,
reza por todos, amigos, inimigos e desconhecidos,
a todos anuncia a alegria de estar no coração de Jesus,
e consagra toda a sua vida ao serviço dos irmãos.

Senhor, fonte de toda a graça e paz que orvalha a criação,
enche-nos com a força do teu Espírito
e faz que o nosso coração pulse ao ritmo do amor eterno.
Cristo, bom pastor, em busca das ovelhas perdidas,
purifica-nos do rancor que expulsa o irmão do coração
e o esquece e mata, sem luto nem compaixão.
Faz-nos crescer na caridade e ensina-nos a amar a todos

no coração de Cristo Jesus e na mesa da fraternidade.

quinta-feira, outubro 30, 2014

 

5ª feira da 30ª semana do Tempo Comum


Irmãos: Fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. (cf. Ef 6,10-20)

Deus cura-nos do pecado, com o antibiótico da misericórdia
e defende-nos das armadilhas do mal com a luz da fé
e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.
É só na medida em que tomamos consciência da astúcia do mal
é que buscamos a verdade de Deus que nos cura a cegueira,
investimos na justiça e defesa da vida como algo inegociável,
fortalecemos a vigilância com a oração confiante e solidária.
O cristão sabe que a vida de seguimento de Cristo
é uma luta permanente para permanecer de pé,
com o coração de discípulo e pés de apóstolo.

O mal contagia-nos como um vírus, sem nos darmos conta.
Acreditar que somos fortes e vacinados, sem a armadura de Deus,
faz-nos cair como patinhos ingénuos nas armadilhas do pecado.
O “experimenta, não custa nada” inicia-nos em dependências
que deixam marcas e nos fazem achar tudo normal:
mentir, roubar, ser surdo ao gemido do outro, insultar,
abusar do corpo como máquina de trabalho e de prazer,
matar a alegria de viver do outro, desistir de perdoar ou amar,
passar por cima da justiça, esquecer Deus...
Sem a força de Deus entregamo-nos nos braços da desesperança,
com a resignação de que a vida não tem remédio,
a não ser uns paliativos que nos tiram a dor momentaneamente.

Senhor, luz dos nossos caminhos e remédio dos nossos males,
cura-nos do auto-convencimento de que não precisamos de ajuda
e conduz os nossos passos no caminho da santidade.
Dá-nos o dom da fé com anticorpos que identificam o mal
que nos propõem, decorado de doçura, de novidade e de moda.
Fortalece-nos com a luz da tua palavra e a força do pão da vida,
para que na vida sigamos a tua agenda de salvação

e não outras agendas comandadas pela autodestruição.

quarta-feira, outubro 29, 2014

 

4ª feira da 30ª semana do Tempo Comum


Como servos de Cristo, que com toda a alma fazem a vontade de Deus. (cf. Ef 6,1-9)

Pelo Batismo tornamo-nos membros de Cristo,
por isso, tudo o que somos e fazemos deve ser no Senhor,
inspirados por Ele e conduzidos pelo Seu Espírito.
A caridade de Cristo deve inspirar as nossas relações familiares,
laborais, sociais, culturais, políticas e eclesiais.
Vivemos no Senhor e devemos manifestar o Seu amor,
sem ruturas, nem descontinuidades, mas com a radicalidade da fé.

A fé cristã não força a mudança de fora para dentro,
como o marxismo e a luta de classes,
mas introduz fraternidade e justiça em todas as relações humanas.
Esta é a revolução social silenciosa que vai minando o egoísmo
e aproximando corações na educação, na economia e na Igreja.
A questão já não é saber quem é o maior e quem manda mais,
como se a vida fosse uma competição de poderes e de direitos,
mas qual é a vontade de Deus e como hei de amar seguindo a Cristo.

Cristo, Corpo vivo onde todos nos encontramos
e ganhamos vida divina e obediência libertadora,
ensina-nos a felicidade de ser grandes no serviço por amor
e não na avareza da ambição nem na insegurança do acumular.
Espírito de sabedoria orienta as nossas relações humanas
para que todas possam ser inspiradas pelo amor de Cristo

e assim fermentarmos uma nova sociedade, mais fraterna e justa. 

terça-feira, outubro 28, 2014

 

Festa de S. Simão e Judas, apóstolos


Sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus. (cf. Ef 2,19-22)

Os apóstolos fizeram a experiência duma nova família,
santificada por Cristo vivo e acolhedora de toda a humanidade.
É uma nova cidadania que nos fraterniza na fé e na santidade
e liga a cidade de Deus com a cidade dos homens.
Dos apóstolos Simão e Judas Tadeu pouco se sabe,
a não ser que foram chamados pelo Senhor
e foram discípulos e testemunhas da Sua ressurreição.
São o protótipo dos apóstolos invisíveis de hoje,
que sem dar nas vistas nem ostentarem galardões,
vão fermentando a história com o Evangelho de Jesus.

A Igreja é feita de vitrais belos e torres vistosas,
e de alicerces escondidos e pedras ajustadas
pelo cimento da comunhão que a todos fortalece.
O importante é que sejamos parte desta nova cidade,
com janela para o Céu e porta para a fraternidade.
É tão importante um bispo com coração de pastor,
como uma mãe ou um pai que sabem temperar a vida com a fé.
É fundamental termos teólogos profetas,
mas também políticos justos e Igrejas missionárias.

Senhor, que nos criaste com vocação missionária,
ensina-nos a dizer sim ao Teu chamamento
com a humildade de discípulo e a audácia de apóstolo.
Cristo, missionário onde todos bebemos do Evangelho,
continua a desafiar-nos a sair de nós mesmos
como servos fieis da Tua missão.
Faz de nós concidadãos dos santos na fraternidade humana,

onde a lei é o amor e a justiça é personalizada e para todos.

segunda-feira, outubro 27, 2014

 

2ª feira da 30ª semana do Tempo Comum


Agora sois luz no Senhor. Procedei como filhos da luz. (cf. Ef 4,32-5,8)

Deus salvou-nos e recriou-nos pelo Seu amor misericordioso.
Em Cristo, acolheu-nos como filhos de Deus,
movidos pelo mesmo Espírito de santidade e de luz.
Por isso, é próprio do ser cristão viver como filhos da luz,
iluminados pelo exemplo de Jesus
e maravilhados pelo forma de atuar do Pai do Céu.
O “filho de Deus” transmite a luz como o Pai,
e os “irmãos de Jesus” alimentam-se do seguimento de Jesus.

A bondade e o perdão generoso não se escondem envergonhados,
porque são filhos da luz e expressão de Cristo em nós.
A imoralidade, a avareza, a inconveniência e a maldade
são filhas das trevas manhosas e, por isso, escondem-se fugitivas.
Para sermos “cristãos praticantes” não basta ir à missa aos Domingos,
mas devemos praticar Cristo que comungámos na Eucaristia
nas relações humanas e nos negócios comerciais,
nas políticas sociais, nos afetos e no lazer...
É o desafio de sermos filhos da luz no Senhor
que ilumina o mundo com o farol da salvação.

Senhor, Pai de bondade e fonte de todo o amor,
recria em nós um coração de filho, humilde e obediente,
contemplativo e apaixonado com a beleza da misericórdia.
Cristo, Irmão primogénito que a todos distribuis a herança,
ensina-nos a colocar como mais mais sagrado o bem de todos.
Espírito de verdade, que nos iluminas interiormente,
purificando-nos das obras das trevas,
faz de nós círios pascais, que pelo testemunho coerente e feliz,

contagiam o mundo com a luz e o sabor de Cristo.

domingo, outubro 26, 2014

 

JESUS, QUAL É O MAIOR MANDAMENTO?


Criados, por Deus amor,
À Sua imagem e semelhança,
Temos nossa identidade,
No ADN do amor
Do próprio Deus e Senhor.

Por isso, o maior mandamento,
Que gera, em nós, paz e vida,
É amar Deus, sem medida,
E ao próximo, como a nós mesmos,
Na maior sinceridade,
Justiça e caridade,
Abraçando, com coerência,
A Sua santa vontade,
De coração atento e aberto
Ao Seu querer, cada dia,
Para bem da humanidade,
Num diálogo de intimidade
Que me ensina a amar de verdade,
Sem cair no intimismo,
Tão pouco no activismo,
Mas, criando empatia
E um lugar no coração,
Por querer o outro vivo,
Quer simpatize, quer não,
Porque o amor ultrapassa
Qualquer incompreensão,
Respirando os dois amores,
A Deus e a cada irmão.

Que em cada caso concreto,
Superado com amor,
Como Jesus fez connosco,
Aprendamos a crescer,
No amor e no perdão,
Afinando o coração,
Pelo divino diapasão,
Que dá, com exactidão,
A nota para viver,
Em justiça e em verdade,
Fé, amor e caridade.

Se algum dia, eu duvidar,
De qual a atitude melhor,
Para agir, sem hesitar,
Lembra-me, Espírito de amor,
A resposta de Jesus,
Aos próprios doutores da lei,
Para, em mim, se fazer Luz,
Porque amar a Deus e ao próximo,
É o mandamento maior,
Amando como Ele nos amou
E procurando perdoar,
Como Ele nos perdoou.


Maria Lina da Silva, fmm-Lisboa, 16.10.2014          

 

30º Domingo do Tempo Comum


Se ele Me invocar, escutá-lo-ei, porque sou misericordioso. (cf. Ex 22,20-26)

Deus ama-nos a todos com o mesmo amor,
mas cuida mais cuidado dos que são mais frágeis.
Como um bom Pai-Mãe não liga às birras do caprichoso,
mas está atento ao gemido do pobre e do indefeso,
sobrecarregado pela injustiça e explorado como mercadoria.
A misericórdia de Deus é abrigo providente para o pobre
e apelo de justiça e conversão para o mau filho desfigurado.
A missão do Filho e do Espírito é modelar-nos um coração novo,
que só saiba amar, cuidar, acolher, perdoar, louvar.

Um dos sinais do tempos é a dignidade da pessoa humana.
No entanto, quando esta é distorcida pelo individualismo,
o centro deixa de ser as relações justas, fundadas no bem comum,
e passam a ser “os meus direitos” e o “meu bem-estar pessoal”.
Em nome do “eu todo poderoso” justifica-se o tráfico humano,
o aborto, a eutanásia, a injustiça, a corrupção, a mentira,
a destruição da natureza e do equilíbrio ecológico e social...
Num mundo centrado no indivíduo não há lugar para o amor,
para a gratuidade, para a festa inclusiva, para a misericórdia.

Senhor, misericórdia infinita a cuidar da criação,
faz-nos nascer de novo para o louvor perfeito
e para a fraternidade solidária, justa e compassiva.
Cristo, misericórdia divina com coração humano,
purifica-nos de todo o egoísmo que nos aliena dos outros
e nos endurece o coração, como carrascos cruéis.
Espírito de amor ensina-nos a amar os irmãos,
quando rezamos ao Pai e louvamos a sua misericórdia,
e a amar a Deus, quando nos relacionamos com os outros,

e cuidamos deles como de nós mesmos.

sábado, outubro 25, 2014

 

Sábado da 29ª semana do Tempo Comum


Até que cheguemos todos à unidade da fé e à medida de Cristo na sua plenitude. (cf. Ef 4,7-16)

Deus, na sua eterna misericórdia, deu-nos o dom do Seu Filho.
O Pai e o Filho, fieis à aliança, deram-nos o dom do Seu Espírito.
Pela ação do Espírito Santo, fomos recriados no Filho
e recebemos a graça de sermos membros do Corpo de Cristo.
Cristo enxerta-nos no Seu Corpo de verdade na caridade,
cada um com a sua vocação e missão,
mas unidos na mesma fé para o aperfeiçoamento de todos,
até à medida incomensurável de Cristo na sua plenitude.

Alguns pensam que o Batismo, a catequese, a teologia...
são metas estáticas e individuais de apropriação da fé.
Assim, pensam ter assegurada a salvação e o conhecimento de Deus.
No entanto, seguir Cristo é uma aventura que nunca acaba,
pois crescer até à medida de Cristo e contagiar outros,
para unidos elevarmos o nível de maturidade da humanidade,
é missão de toda a Igreja e só possível com a Sua graça!

Pai, rico em misericórdia, nós Te louvamos e bendizemos
pelo dom do Teu Filho e do Teu Espírito,
que nos convocam a entrar no seio da verdade na caridade.
Liberta-nos do infantilismo da fé e da inconstância do seguimento,
para sejamos uma Igreja humilde, discípula da Palavra de Deus,
fraterna, acolhedora, missionária e unida como Corpo de Cristo.
Imprime em cada um de nós um dinamismo de conversão eclesial,

à imagem do Homem novo, que nos orienta como Cabeça.

sexta-feira, outubro 24, 2014

 

6ª feira da 29ª semana do Tempo Comum – S. António Maria Claret


Há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, atua em todos e em todos Se encontra. (cf. Ef 4,1-6)

A bondade do amor insondável e eterno
despertou a aurora duma esperança habitada.
Deus, sempre presente e atuante em tudo e em todos,
disse, pela boca do Seu Filho, “a paz esteja convosco”,
e continua a falar de misericórdia, por meio do Seu Espírito,
em sussurros de paz, nos que se deixam fecundar pela caridade.
É a ousadia da caridade divina que desce até nós
e nos convida a habitar na unidade dum só corpo.

Há em todo o ser humano uma saudade de Deus.
Sentimos que Ele é luz e, por isso, vamos atrás de tudo o que luz.
Sabemos que Ele é amor e, por isso, andamos sedentos de afetos.
Sabemos que Ele é comunhão e, por isso, sonhamos estar juntos.
Sabemos que Ele é paz e, por isso, incomoda-nos a divisão.
Sabemos que Ele é segurança e, por isso, buscamos proteção.
Sabemos que Ele é alegria e, por isso, desejamos festa e prazer.
Mas a saudade, quando é conduzida pelo medo e pelo egoísmo,
apropria-se de Deus e dos outros, e coloca-se a si mesmo no centro,
por isso, há quase tantos deuses quanto sonhadores do mistério!

Senhor, nosso Pai, que nos envolves a todos com a ternura da graça,
ensina-nos a dar as mãos numa solidariedade multiforme de louvor.
Cristo, Palavra visível e audível numa linguagem humana,
cura-nos do egoísmo que nos impede de Te seguir
e faz de nós membros bons do Teu Corpo eclesial.
Espírito de comunhão na diversidade, dá-nos a Tua paz

e ilumina-nos com a verdade duma caridade sem fronteiras.

quinta-feira, outubro 23, 2014

 

5ª feira da 29ª semana do tempo Comum


Profundamente enraizados na caridade, podereis compreender a profundidade do amor de Cristo. (cf. Ef 3,14-21)

A paternidade de Deus Pai é fonte de toda a paternidade.
A filiação de Jesus Cristo é a medida, o modelo e a meta
de toda a filiação na terra e de todo o dobrar de joelhos ao Céu.
O Espírito Santo é o amor de Deus a modelar corações criados
à imagem e semelhança do amor entre o Pai e o Filho.
Só enraizados neste amor e iluminado pela ação do Espírito,
é que podemos compreender e tatear o mistério de Jesus Cristo.

Só podemos compreender o mistério de Cristo na fé,
escutando o Evangelho com um coração, enraizado no amor.
Por isso, um coração egoísta e idolátrico vê os outros
e escuta a Cristo como árvores a correr e sem rosto.
Tudo se torna objetos, instrumentos, coisas sem alma,
por isso, se podem vender ou comprar, trocar, jogar fora!
Só o amor faz o outro único, precioso e inconfundível.
Só o amor, que nasce do Espírito Santo, nos faz ver a Luz
escondida no grito fiel da cruz e doada com o beijo da aliança.

Pai Santo, fonte de toda a santidade e paternidade,
envia-nos o Teu Espírito e faz-nos sentir amados poderosamente.
Cristo, sabedoria infinita, revelada com sandálias de pescador,
sacia-nos totalmente com a plenitude do amor trinitário.
Espírito Santo dá-nos a luz da fé e do amor entranhado,
para seguirmos Cristo com a radicalidade de apóstolo

e compreendermos a grandeza do teu amor insondável.

quarta-feira, outubro 22, 2014

 

4ª feira da 29ª semana do Tempo Comum


E agora é por meio da Igreja, que se dá a conhecer a multiforme sabedoria de Deus, realizada em Jesus Cristo, nosso Senhor. (cf. Ef 3,2-12)

Deus escolheu a Palestina para chegar a todo o mundo,
agiu localmente, mas pensando globalmente,
atuou no tempo para lançar sementes de eternidade.
Este é o mistério revelado em Jesus, salvador do mundo,
e entregue à Igreja como boa nova e mandato missionário.
Por isso, Paulo e cada um de nós está chamado
a dar a conhecer o Evangelho da misericórdia
a todos os povos, a começar pelos que estão a nosso lado.
A fé em Jesus aproxima-nos de Deus e constrói fraternidade.

A Igreja não é um acampamento onde nos sedentarizamos,
para vivermos para nós mesmos e para a nossa salvação.
A Igreja é Corpo de Cristo em missão evangelizadora,
que só pode descansar quando Cristo for tudo em todos
e a alegria do Evangelho fraternizar todos os povos.
A uma Igreja acomodada e fechada sobre si mesma
falta-lhe a caridade missionária que contagia e acolhe.

Senhor, Pai que a todos amas com o mesmo amor redentor,
faz de nós teus filhos e enche-nos do mesmo amor missionário.
Cristo, peregrino incansável em busca de ovelhas perdidas,
da-nos um coração comunitário e audácia evangelizadora,
para sermos membros ativos do Teu Corpo Místico,
como Igreja humilde, discípula e missionária.
Espírito de revelação conduz os nossos passados

e faz de nós fieis administradores dos dons da Tua graça.

terça-feira, outubro 21, 2014

 

3ª feira da 29ª semana do Tempo Comum


Por Cristo, uns e outros, podemos aproximar-nos do Pai, num só Espírito. (cf. Ef 2,12-22)

Cristo reconcilia, entre si e com Deus, todos os povos da terra.
Derruba os muros de separação entre povos puros e impuros,
e faz nascer uma nova família, unida, santa, universal e apostólica.
Em Cristo ou renascemos com um coração inclusivo e olhar fraterno
ou não permanecemos lobos, vestidos com pele de cordeiro.
É uma paz nova, sem preconceitos, de mãos estendidas em louvor,
que brota do Espírito Santo e respira diálogo humilde e aliança.

Há muros visíveis que nos separam uns dos outros:
o de Berlim, o de Israel-Palestina, o dos USA-México...
Há outros muros invisíveis que separam pessoas:
inimizades e rivalidades, preconceitos, ideologias, egoísmos,
indiferenças, gerações, géneros, condições sociais,
culturas, religiões, enfermidades, deficiências...
O grande desafio que Jesus nos lança
é renegarmos ao espírito de divisão e de olhar soberbo,
e acolhermos o dom de sermos um corpo uno e harmónico,
unidos no mesmo amor e paz, na diversidade do seus membros.

Pai santo e Senhor de tudo o que respira existência,
dá-nos um coração fraterno e um olhar acolhedor,
que a todos abrace, na festa do encontro, que alimenta a paz.
Cristo, ponte construída com sangue e fidelidade à aliança,
purifica-nos da tentação de nos fecharmos no egoísmo
e construirmos muros de separação à vocação de sermos irmãos.
Espírito de paz, que brota como dom da Santíssima Trindade,
fecunda os desertos que só produzem espinhos defensivos,

para que oásis nos surpreenda à mesa da solidariedade.

segunda-feira, outubro 20, 2014

 

2ª feira da 29ª semana do Tempo Comum


Deus, que é rico em misericórdia, restituiu-nos à vida com Cristo. (cf. Ef 2,1-10)

Deus, movido pela caridade, criou-nos livres.
Aos que optaram por viver de costas viradas,
Deus não os abandonou na sua morte e desnorte,
mas foi-lhes propondo um novo renascimento
por meio de Jesus, Seu Filho e caminho de vida nova.
Aderindo a Cristo, pela fé e pelo Batismo,
adquirimos uma vida divinamente nova no Filho.
Morrendo para o pecado e ressuscitando com um novo Espírito,
peregrinamos na terra, seguindo os passos de Jesus,
amando os que estão ao nosso lado, com o coração em Deus.

Ser salvo em Jesus é pura graça do amor de Deus,
por isso, a salvação é mais acolhimento e seguimento
do que esforço, conquista e contabilidade de ritos e de obras!
Não são os que se orgulham de serem ricos em boas obras
e práticas religiosas abundantes e desprezam os pecadores,
que Jesus proclama bem-aventurados no Reino Deus,
mas os humildes, com coração de discípulo,
amantes do bem e da paz, acolhedores e misericordiosos,
com fé de marinheiro de mar alto e águas profundas,
que aprendeu a colocar toda a confiança em Jesus,
que dorme na sua barca e a conduz com a Sua palavra.

Senhor, Pai santo e rico em misericórdia,
louvado sejas porque somos obra Tua, bela e gratuita.
Cristo, nosso Irmão salvador e útero de vida renascida,
louvado sejas porque não te cansas de nos recriar e retocar,
nas formas desajeitadas e incautas com que caminhamos.
Espírito de santidade que nos ensinas a ser Cristo,
dá-nos a Tua mão e aumenta a nossa fé,
para que a nossa vida seja uma total adesão a Jesus

e sejamos um anúncio humilde e jubiloso de que só Cristo Salva.

domingo, outubro 19, 2014

 

MISSIONÁRIO EM ACÇÃO


Como são belos e ágeis,
Audazes, embora frágeis,
Os pés do Mensageiro,
Enviados ao mundo inteiro,
Sempre dóceis a Jesus Cristo
E fiéis à voz do Espírito,
Exultantes de alegria,
Cantam Tuas maravilhas
E levam a Boa Nova
Que a nossa vida renova,
Tornando-nos solidários
Com o povo que vive aflito,
Respondendo ao seu grito,
Sem ter medo aos altos montes
E construir novas pontes,
Sobre pilares de amor,
Misericórdia e perdão,
De modo a expressar
O sonho dum mundo irmão,
A partir do coração,
Que bate em sintonia
E o pulsar de Cristo vivo,
Entoando a melodia
Do amor terno e compassivo
Vivido por Jesus Cristo.

Como são belos os corações
Dos discípulos missionários,
Empenhados e solidários,
Esforçados e arriscados,
Nos mais difíceis caminhos,
Para chegar àquela margem,
Onde há povos sem carinho,
Sem pão e à mercê do destino,
Dos que oprimem, por maldade,
Os frágeis da sociedade,
A quem querem transmitir
A desejada mensagem
Do Evangelho da Alegria,
Missão que Deus lhes confia,
Sendo testemunhas vivas
Do Amor Libertador,
De Jesus, Nosso Senhor,
Nosso Deus e Salvador!

É que àqueles a quem anunciam,
Não revelam ar de cruz,
Como sendo fardos pesados,
Mas seus irmãos muito amados,
Como fez Cristo Jesus,
Mostrando que a Igreja é Mãe
De todos os filhos que tem,
Sempre meiga e generosa,
Como faz o jardineiro
Ao cuidar da sua rosa.


Apoiados no bordão
Do Espírito de sabedoria,
Faz-nos ser a expressão
Do Evangelho da Alegria,
Mostrando como Tu guias
Nossos pés e coração
De missionário em acção,
Dando a César o que é dele
E a Deus o que é de Deus,
Para poder construir
NOVA TERRA E NOVOS CÉUS.

Maria Lina da Silva, fmm

Lisboa,18.10.2014 

 

29º Domingo do Tempo Comum - Dia Mundial Missionário


O nosso Evangelho não vos foi pregado somente com palavras, mas também com obras poderosas, com a ação do Espírito Santo. (cf. 1 Tess 1,1-5b)

Deus tudo criou, em tudo atua e a cada um chama a crescer
e a recriar-se à imagem e semelhança do Seu coração.
Tudo o que de bom e belo acontece na história,
seja consciente ou não, é graça misteriosa do amor de Deus.
Cristo, a Palavra de Deus, vem revelar a fonte escondida
e iluminar o caminho feito de fé, esperança e caridade,
que nos conduz ao Oásis, onde a festa acontece.
Viver e anunciar este Caminho de salvação
é facilitar a obra do Espírito Santo que tudo quer cristificar.

A missão evangelizadora é obra de Deus.
Nós com o nosso testemunho e anúncio preparamos o terreno
para que as pessoas possam abrir a porta à fé.
Por isso, missão é irradiação de esperança,
prática jubilosa da fé, esforço proativo da caridade,
anúncio pedagógico e oportuno do Evangelho de Jesus Cristo.
Tudo o mais são estratégias de marketing,
militâncias proselitistas, buscas de poder, guerras de audiência.

Trindade santíssima, bela fonte onde rejuvenescemos filhos,
obrigado pelo Teu sonho tão sublime que nos faz missão.
Cristo, missionário apaixonado em missão encarnada,
obrigado pelo Evangelho da nossa salvação
que brotou da Tua vida abençoada, que passou fazendo o bem
e anunciando a boa nova aos pobres e sem esperança.
Cordeiro Pascal que nos envias o Teu Espírito de profecia,
grava na nossa alma a Tua imagem de Servo de Deus,
para que possamos fermentar a história de eternidade,
dando a Deus o que é de Deus e a César o que é de César.



sábado, outubro 18, 2014

 

S. Lucas, Evangelista


Para que, por meu intermédio, a mensagem do Evangelho fosse plenamente proclamada e todos os pagãos a ouvissem. (cf. 2 Tim 4,10-17b)

Lucas é um convertido por meio da pregação de Paulo.
Tornou-se discípulo de Cristo e companheiro de missão de Paulo.
Era um ouvinte, terra boa da semente do Evangelho,
que frutificava pelo testemunho da fidelidade à caridade
e quis perpetuar por escrito a Luz que lhe dava sentido.
Assim nasceu um livro em dois tomos, bem estruturado e vivo,
com traços ternos da misericórdia infinita de Deus,
que se derrama e revela pelas mãos de Jesus, Seu Filho,
e do Espírito Santo, dom messiânico e profético à Igreja.

A missão evangelizadora tem hoje novas pistas de difusão:
os meios de comunicação social e as redes sociais.
São vias virtuais ou físicas onde se escreve de tudo:
desabafos íntimos, boatos maldosos, propaganda ideológica,
marketing comercial, boas práticas éticas e ecológicas,
denúncias de injustiças e notícias de atrocidades,
manifestações de fé e meditações espirituais...
É um campo onde se lança muita semente diferente
e, como no tempo de S. Lucas, necessita de evangelizadores
que levem a mensagem do Evangelho a todos.

Senhor, amor missionário que Te fazes Palavra e Luz na história,
ajuda-nos a entrar nesta dinâmica redentora do mundo.
Cristo, Palavra misericordiosa a escrever com o dedo na terra,
alimenta-nos com o Pão eucarístico da Tua Palavra
e fortalece os pés dos mensageiros e pedagogos de boas novas.
Espírito, que iluminas e inspiras os dedos evangelistas,
ajuda-nos a aproveitar todos os meios
para darmos continuidade à missão que Deus nos confiou.

Como S. Lucas, faz de nós operários da Tua Messe.

sexta-feira, outubro 17, 2014

 

6ª feira da 28ª semana do Tempo Comum – S. Inácio de Antioquia


Para sermos um hino de louvor da sua glória. (cf. Ef 1,11-14)

Deus sonhou-nos filhos e herdeiros da graça,
Cristo associou-se a este sonho e gerou-nos na cruz,
o Espírito rejubilou com este projeto e consolidou o sonho.
Toda a Santíssima Trindade se colocou ao nosso serviço,
para fazer da vida neste mundo um útero de filiação divina.
Quanto sofre o Amor para que não aborte este sonho eterno
e nos tornemos, em verdade, um hino de louvor à Sua glória!

Há em nós um grande desejo de dar nas vistas e de ser conhecido.
Uns optam por dar glória a Deus e aos que os rodeiam
e são uma bênção, com ombro amigo e mãos estendidas.
Outros optam por tirar glória a Deus e aos que os rodeiam,
distinguindo-se pelo capricho, semeando medo e agressividade.
Só quem se sente amado pode tornar-se fonte de amor,
por isso, é tão importante olhar-nos nos olhos apaixonados de Deus!

Senhor, Pai de infinita misericórdia e fonte de toda a graça,
obrigado porque desde a eternidade nos criaste filhos queridos.
Cristo, irmão médico divino, que curas deformações e imaturidades,
obrigado por tantas transfusões de sangue que nos curam da anemia
e tanto pão de amor que nos faz renascer à Tua imagem.
Espírito de Santidade, luz e oxigénio de filiação divina,

orienta os nosso passos e faz de nós um hino de louvor permanente.

quinta-feira, outubro 16, 2014

 

5ª feira da 28ª semana do Tempo Comum


Ele deu-nos a conhecer o mistério da sua vontade: instaurar todas as coisas em Cristo. (cf. Ef 1,1-10)

Deus derrama sobre a criação a bênção e a paz,
por meio do Seu Filho querido e do Seu Espírito de amor.
É no Filho que o Pai se compraz e é à imagem do Filho
que tudo chega à perfeição da caridade e da santidade.
Por isso, temos gravado na alma o sonho de Deus,
de sermos filhos no Filho, à imagem pessoal e criativa do Pai.
Este sonho de Deus é perturbado pelo pesadelo da rebeldia,
que quer ser grande, perseguindo e diminuindo os outros e o Outro.
Tudo depende de quais os sonhos que acalentamos e alimentamos.

Em nome da liberdade, defende-se o não batismo das crianças,
e a ausência dum itinerário pedagógico do encontro com Cristo,
dizendo que eles, quando forem adultos, é que devem decidir!
Mas como podem decidir, se não conhecem?
Em compensação, as crianças são naturalmente colocadas
em contato com os ídolos dos pais ou da moda:
o clube desportivo, as práticas de diversão, o partido político,
o marketing consumista, os ídolos da música ou do ecrã...
E sem nos darmos conta, vamos configurando a nossa vida
à imagem e semelhança do rebanho que definha egoisticamente.

Senhor, nosso Pai e criador, à imagem do Teu Filho,
mostra-nos o Teu rosto e grava-o na memória do nosso coração.
Cristo, Irmão santo, imagem perfeita da caridade do Pai,
purifica-nos das deformações em que o pecado nos corcunda.
Espírito do Pai e do Filho, penetra até ao mais íntimo do nosso ser,
e liberta-nos de tudo o que nos impede que Cristo seja tudo em todos.
Faz de nós missionários que fermentam a alegria de Cristo no mundo.

quarta-feira, outubro 15, 2014

 

4ª feira da 28ª semana do Tempo Comum – S. Teresa de Ávila


Os frutos do Espírito são: caridade, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança. (cf. Gal 5,18-25)

Deus resplandece pela misericórdia do seu coração.
É a alegria de amar e saber esperar o germinar do amor,
numa fidelidade fiel, pacífica, paciente e bondosa.
Quando nos deixamos conduzir pelo Seu Espírito,
também nós ensaiamos a caridade, descobrimos a alegria,
compreendemos a fragilidade, perdoamos aos que nos ofendem,
crucificamos com liberdade as paixões dos instintos.
O Espírito do Senhor dá frutos crísticos,
numa comunhão coerente entre o Céu e a terra,
entre o interior e o exterior, a palavra e a vida.

A árvore conhece-se pelos frutos e não pelos atributos.
É o testemunho de vida que manifesta a alma que nos habita.
Podemos ser muito zelosos na prática religiosa,
mas se à nossa volta não geramos alegria de viver,
nem a justiça, nem a pedagogia de crescimento solidário,
então é oca a nossa fé e anti-evangelizadora a nossa vida.
Qual a diferença que faço na minha família,
na minha comunidade, na minha paróquia, na sociedade?
Sou um santo à luz do dia e um depravado na penumbra escondida?

Senhor, bondade eterna a peregrinar na história,
dá-nos um coração novo, aberto à luz do Teu Espírito.
Cura-nos a fé para Te vermos sempre presente como Pai,
e não percamos tempo a enganar-nos com a mentira do teatro
para que os outros vejam e nos entronizem.
Cristo, Homem novo, ungido obediente do Espírito,
liberta-nos do espírito do mal, destravado e sem rumo,
que nos magoa e fere a justiça do amor solidário,

e deforma a beleza terna e misericordiosa do rosto de Deus. 

terça-feira, outubro 14, 2014

 

3ª feira da 28ª semana do Tempo Comum


Em Jesus Cristo, só vale a fé que actua pela caridade. (cf. Gal 5,1-6)

Deus criou-nos com a capacidade de amar
e gosta de nos ver inteiramente focados na doação.
Há formas simbólicas que expressam este amor esponsal:
oferecer um presente, manifestar um gesto afetuoso,
dedicar tempo para escutar e dialogar...
Mas tudo isto, deve ser apenas expressão e não substituição
de um coração apaixonado, de uma vida totalmente descentrada.
Se no Antigo Testamento a aliança se expressava
na circuncisão, na oferta de sacrifícios e purificações rituais,
no Novo Testamento, brota da fé e adesão a Cristo pelo Batismo,
no acolhimento da unção do Espírito que ilumina e conduz,
e manifesta-se numa vida de caridade em Igreja, Corpo de Cristo.

A família é a forma mais clara de compreender a Igreja.
Há cônjuges que gastam todo o seu tempo a trabalhar,
não têm tempo nem disposição para escutar e acarinhar o outro.
Para compensar o incompensável, compram presentes,
satisfazem caprichos, adquirem equipamentos de entretimento.
Dão coisas, mas não se dão na gratuidade do estar e do saborear.
Fazem das relações familiares um mercado sem coração.
A fé que não atua pela caridade, vive de exterioridades enganosas.
A prática religiosa que não brota da fé no Amor crucificado,
autossatisfaz-se com ritos que não atingem o âmago do conversão.

Senhor, Coração partilhado com a intensidade eterna na história,
purifica a nossa fé e cura-nos a fonte dos desejos.
Cristo, Tesouro escondido na túnica dum carpinteiro,
envia-nos o Teu Espírito e conduz-nos no seguimento fiel
da Tua arte de amar, doando-nos totalmente ao Pai e aos outros,
com a verdade e a intensidade dum coração puro e humilde.
Purifica a nossa prática religiosa do ritualismo descomprometido,
para que se torne testemunho evangelizador

dum amor e dedicação aprendiz, mas confiante na Tua graça.

segunda-feira, outubro 13, 2014

 

2ª feira da 28ª semana do Tempo Comum


Permanecei firmes e não torneis a sujeitar-vos ao jugo da escravidão. (cf. Gal 4, 22-24.26-27.31 – 5, 1)

Em Deus, até o amor é libertador, sem ciúmes nem posse.
Foi assim que Deus nos criou, mas nós optamos pela escravidão!
Por isso, morremos de solidão, atulhados de lixo tóxico,
comemos e bebemos o que nos faz mal, por um momento de prazer.
Cristo veio testemunhar e libertar-nos para a verdadeira liberdade.
Ensinou-nos a pôr os olhos no Pai, com os óculos da cruz,
para permanecermos firme no amor, sem armaduras egoístas.

Olhamos para os adultos dependentes de droga e de consumismo,
e pensamos que ser grande é ser alcoólico, fumador,
noturno, boémio, consumista de novidades, sensual!
Olhamos para os famosos do ecrã ou os poderosos de turno
e achamos que grande é ser adulado, rico, bem falante e excêntrico.
A verdadeira liberdade é saber ser moderado e dizer não,
é ser firme nos valores da vida, do amor, da justiça e da paz,
é aprender o controle dos instintos, dos desejos e das emoções,
é aguentar a remar contra a corrente, por causa de um ideal.

Senhor, fonte e meta da liberdade que vale a pena eternizar,
alimenta-nos com a Tua Palavra e ilumina-nos com o Teu Espírito
para que possamos amadurecer até à estatura do Homem livre, Jesus.
Cristo, que nos vieste libertar da raiz da escravidão do pecado,
cura-nos da liberdade para o mal e da dependência escravizadora.
Dá-nos um coração livre para amar de forma libertadora

e cura-nos do medo de fazer a diferença pelos valores.

domingo, outubro 12, 2014

 

28º Domingo do Tempo Comum


Tudo posso n’Aquele que me conforta. (cf. Fil 4,12-14.19-20)

Deus continua apaixonado pela obra da Sua doce Palavra.
Apesar da fidelidade inconstante e bipolar do seu povo,
Deus continua a sonhar e a preparar as bodas da aliança
com o banquete da festa da alegria definitiva.
O banquete está preparado e pode esperar a esposa,
só necessita do sim maduro e do acolhimento do coração
ao dom do Esposo e da Sua veste de justiça, tecida de amor.
Participar no banquete onde Cristo sela a Sua aliança eterna,
é ser missão de convite, resposta apaixonada,
corte com outras paixões e deixar-se revestir, enamorado de servir.

A Eucaristia é o banquete da nova aliança da bodas do Cordeiro.
Nesta mesa há lugar para todos, pobres e ricos, sábios e ignorantes,
num lampejo de experiência que nos prepara para a mesa da eternidade.
Nesta mesa não há diferenças nem mesas privadas de exclusão,
num grito profético que chora a fome e a apropriação dos bens de todos.
Nesta mesa o que se come e bebe é gratuito, só se cobra a conversão,
pois o que vale mais, não é o que entra no ventre,
mas o que sai do coração, como opção pessoal de viver na alegria do dom.

Senhor, há quanto tempo esperas na eternidade
a resposta do nosso Sim ao brilho apaixonado do Teu olhar!
Quantas vezes nos chamaste, escondido, para não nos assustar?
Atarefados andamos, envolvidos com amores menores e passageiros,
que nos alheamos de Ti e dos que devemos amar!
Dá-nos, Senhor, a sabedoria do saber viver com fidelidade
e liberta-nos da matreira esquizofrenia do coração.

Sou fraco e inconstante, mas tudo posso no conforto da Tua graça.

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