segunda-feira, janeiro 19, 2015

 

2ª feira da 2ª semana do Tempo Comum – 2º dia de oração pela unidade dos cristãos

Para vinho novo, odres novos. (cf. Mc 2,18-22)

O Deus da aliança deu-nos o Filho como Esposo,
apaixonado pela humanidade leviana e infiel.
Quando Ele está presente, o jejum é alegria de banquete,
é festa de encontro e de alegria, é mesa de esperança,
é um sorver permanente do pão da sua palavra.
As práticas religiosas não são simples deveres rituais,
mas significantes externos e comunitários duma vida interior
que libertam o coração para amar e confiar no Esposo.

Vivemos na era do homem consumidor de novidades.
Como não sabe porque corre, nem para onde vai,
aceita experimentar tudo o que lhe apresentam como redentor:
“usa este amuleto”, “come este alimento”, “veste isto, desta cor”,
“bebe este elixir”, “consulta aquela pessoa”, “cumpre estes rituais”...
Vive-se na irracionalidade sem rumo, buscando proteção mágica.
O resultado é um ser triste, ansioso, sincrético e consumidor.

Senhor, vinho novo da alegria eterna, que desce do Céu,
faz-nos nascer de novo como vaso modelado pela tua mão.
Liberta-nos da religiosidade do dever e do medo
e introduz-nos na comunhão íntima contigo,
bela e verdadeira, humilde e grandiosa, livre e apaixonada.
Ensina-nos a saber jejuar de consumismos doentios,
de infidelidades entranhadas e de mentiras maquilhadas.

Dá-nos o dom a unidade que brota da conversão de todos a Cristo.

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