segunda-feira, fevereiro 16, 2015
2ª feira da 6ª semana do Tempo Comum
Jesus suspirou do fundo da alma.
(cf. Mc 8,11-13)
Há
situações que magoam Jesus e O fazem suspirar gemidos:
após
ter feito a segunda multiplicação de pães e de peixes,
os
fariseus pedem-lhe novos milagres, agora um sinal do céu!
Esta
cegueira, que se entretém a discutir provas,
a
partir da sua autoconvencida cátedra de saber,
não
aprende, não se maravilha, nem adere, nem se converte.
Por
isso, Jesus fica profundamente triste,
nega-se
a encenar no espetáculo dum circo de rua
e
parte para a outra margem, onde o cego se deixa curar!
Jesus
hoje continua a entristecer-se connosco,
porque
nos agraciou com ouvidos bons e não O escutamos,
nos
deu olhos saudáveis e andamos cegos à sua presença,
deu
toda a sua vida por nós e nós ficamos indiferentes à sua graça.
Preferimos
ser juízes e espetadores no estádio da vida:
criticamos
a Igreja, os padres, os praticantes... os outros,
mas
nós não queremos entrar no caminho da conversão e da fé.
Jesus
abriu-nos a porta do Céu com tanta alegria
e
sofre, porque em vez de entrarmos, lhe pedimos novos sinais!
Senhor
Jesus, obrigado por tanto amor e tanta fidelidade paciente.
Perdoa
a nossa incoerência de vida
e os
vales que separam os propósitos professados e a vida optada.
Aumenta
a nossa fé e o olhar contemplativo para te vermos
na
Criação, nos sacramentos, no irmão, nos acontecimentos.
Dá-nos
o dom das lágrimas que nos fazem partir para a outra margem
da
conversão, da fé, da perseverança e da missão.
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