terça-feira, fevereiro 10, 2015
3ª feira da 5ª semana do Tempo Comum – S. Escolástica
Vós deixais de lado o mandamento de
Deus, para vos prenderdes à tradição dos homens.
(cf. Mc 7,1-13)
O
essencial da religião, não são os ritos, mas a lei do amor.
Os
ritos devem expressar e conduzir à sintonia dum só coração.
Os
ritos são uma linguagem simbólica, cultural e cultual,
aceite
por um determinado grupo, para louvar o Senhor
e
recordar o essencial da sua fé nas relações humanas.
Os
ritos necessitam de discernimento comunitário,
para
ver se estão a ajudar a alcançar o essencial da fé,
ou se
se tornaram um fim em si mesmo e uma distração.
Por
isso, Jesus distingue entre mandamentos de Deus
e
preceitos e tradições humanas que podem anular aqueles.
Há
agora um movimento de recuperação das tradições antigas.
Busca-se
imitar os antigos na forma ritual e não na motivação,
por
isso, fala-se mais de tradições culturais da terra,
embora
sejam normalmente rituais religiosos ou supersticiosos.
Às
vezes gera-se um conflito entre a religiosidade popular
e a
prática religiosa recomendada oficialmente pela Igreja,
e o
que era fundamental, o amor a Deus e aos irmãos,
passa
para segundo plano, no meio de guerras e divisões.
O
demónio gosta de nos ver entretidos com o secundário
e
divididos e zangados, para esquecermos o essencial da caridade.
Senhor
Jesus, Amor encarnado concentrado na aliança,
envia-nos
o teu Espírito de discernimento e de diálogo,
para
na liturgia e na vida saibamos distinguir o bem do mal.
Ensina-nos
a arte de aproveitar a religiosidade popular
para
evangelizar e purificar a fé em comunhão de festa.
Concentra
todo o nosso coração não nos meios e nos ritos,
mas
nos fins e na nossa cristificação nAquele que nos ama.
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