sexta-feira, fevereiro 20, 2015

 

6ª feira depois das Cinzas – BB. Francisco e Jacinta Marto


Nessa altura hão de jejuar. (cf. Mt 9,14-15)

O jejum é um meio para despertar para a conversão,
não tem um fim em si mesmo nem é um dever desencarnado.
Por isso, na Quaresma, não se jejua ao Domingo, dia do Senhor.
Jejuamos quando nos sentimos longe de Jesus e da sua Palavra,
pois nos consideramos obesos de orgulho e de vanglória,
numa voragem de autossatisfação e de indiferença,
ilhados dos outros e de Deus, no reinado da auto-referência.
Esta obesidade doentia, impede o coração de amar
e necessita dum jejum conduzido pelo Médico da partilha.

Hoje a obesidade é uma doença grave e global.
Alimenta-se de açucares e gorduras crocantes,
sedenta-se com bebidas adocicadas, borbulhantes e alcoólicas,
digere-as sentado na prisão de movimentos sob rodas,
preenche vazios de sentido e de felicidade.
A obesidade não é apenas um problema de autoestima,
mas afeta a visão do mundo e a liberdade de escolha.
A Quaresma é uma ascese que nos conduz à liberdade de opção:
“tudo me é possível, mas nem tudo me convém”,
“só quem ama conhece a Deus e os irmãos”.

Senhor Jesus, Esposo que nos foi dado pela Fonte do Amor,
dá-nos o dom de nos alegrarmos com a Tua presença
e de jejuarmos de tudo o que nos afasta de Ti
e nos faz esquecer a nossa inserção em Ti, pelo Batismo.
Dá-nos o dom duma Quaresma a sério
que nos ajude a reaprender a viver com o coração saudável,
com alegria perfeita e comunhão solidária,
numa libertação crescente do agora satisfeito,

para uma eternidade feliz, fraterna e justa.

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