domingo, março 15, 2015

 

4º Domingo da Quaresma


O Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna. (cf. Jo 3,14-21)

Deus é rico em misericórdia, por isso se entregou a nós no seu Filho,
amando-nos até ao fim, mesmo quando crucificámos a Palavra.
Contemplar a cruz é surpreender-nos com o amor incondicional,
como resposta à nossa violenta rejeição desta Luz
que revela a verdade das nossas obras más escondidas.
Fazer o percurso quaresmal, iluminados pelo farol da cruz,
é aproximar-nos desta Luz que revela os calvários que construímos,
os inocentes incómodos que crucificamos,
os dias e corações santos que profanamos.

Há formas de elevar o outro que são usadas para nos elevarmos:
os pais que investem nos filhos para a sua glória,
os donos dum circo que vêem a sua glória nos empregados,
um clube de futebol que compra caro um grande jogador,
aquele que cuida bem dos seus animais para melhor os vender...
Mas quando o amor é o motor que eleva o outro
não se contabilizam noites para cuidar do seu amado bebé,
perdoam-se birras e amuos, ausências e desilusões,
porque o único que conta é o bem do filho do seu coração!
O que é que nos move na nossa relação com o outro e com Deus?
É o amor ou o interesse? A creditamos que só o amor salva?

Pai de bondade e fonte inesgotável de misericórdia,
fecunda-nos com o teu amor e purifica-nos do egoísmo.
Pai, obrigado pelo teu Filho, transparência humana do teu amor,
dá-nos o dom do teu Espírito e ensina-nos a escutar
a Palavra da fidelidade que enviaste para nos salvar.
Cristo, nossa Páscoa que ilumina as trevas em que nos movemos,
dá-nos o dom duma verdadeira conversão

para que salvos por ti, possamos fazer as nossas obras em Deus.

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