segunda-feira, abril 20, 2015
2ª feira da 3ª semana da Páscoa
Subiram todos para os barcos e foram
para Cafarnaum, à procura de Jesus. (cf.
Jo 6,22-29)
A
multidão dos que tinham satisfeito o seu ventre
foi
procurar Jesus, em Cafarnaum.
Jesus
denuncia as suas motivações:
não O
procuram como mestre nem como Messias,
mas
para assegurar o seu alimento, sem trabalho.
Pretendem
um rei-fada, num paternalismo infantilista,
que
prefere as panelas da escravidão ao êxodo libertador.
Jesus
é o enviado do Pai para dar-nos o alimento da vida eterna
e não
o alimento que perece e satisfaz apenas o momento.
Há
muita gente em que a sua “religião” se reduz à mesa farta,
a uma
casa atulhada das últimas novidades, a orgias noturnas,
e umas
férias de sonho num lugar longínquo.
Se a
saúde falta ou o coração se ressente da falta de horizontes,
recorrem
a um santo de promessas ou a uma pessoa de virtude,
não
para aprender a viver com sentido de eternidade,
mas
para encontrar um elixir que permita continuar todo na mesma.
A
idolatria, da concha fechada sobre si mesma, continua,
mesmo
quando se visita um santuário ou se cumpre uma promessa.
Senhor,
Pão vivo que nos fortalecesses e apontas para a vida eterna,
aumenta
a nossa fé e liberta-nos da idolatria do egoísmo coroado.
Dá-nos
o teu Espírito e, como Estêvão, ajuda-nos a seguir-Te
na
alegria e na tristeza, na saúde e na doença,
e em
todos os dias da nossa vida.
Faz de
nós testemunhas da vida eterna na história,
livre
para amar, fiel para louvar, alegre para esperar.
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