terça-feira, abril 28, 2015
3ª feira da 4ª semana da Páscoa
As minhas ovelhas escutam a minha
voz: Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-me. (cf.
Jo 10,22-30)
A
relação entre Jesus e o Pai é de uma intimidade globalizante,
que se
enraíza num amor confiante e fecundo.
A
obediência é alegria da comunhão e da missão assumida.
As
palavras comunicam sentimentos que habitam o coração
e
revelam Deus em ação com a transparência da verdade.
Quem
acredita em Jesus e na “via amoris” da salvação,
não O
busca a partir de fora, como um inspetor da verdade
ou um
colecionador de conhecimentos mistéricos,
mas
segue-O confiante, escuta a sua voz e realiza as suas obras.
A
porta de fé é mais o coração do que a razão!
A
relação entre o dono e um animal de estimação
é
feita de confiança, fidelidade, alegria de encontro,
porque
cada um sabe que o outro lhe quer bem.
A
relação entre o bebé e os pais ou a ama que dele cuidam,
é
reconhecimento da sua voz, compreensão de ansiedades,
interpretação
de choros e sorrisos, colo que pacifica.
Um
estranho a estas intimidades, provadas e alimentadas,
pode
falar, prometer, abrir os braços e sorrir,
que
não arranca da criança um sorriso confiante.
Só
quando o estranho deixa de ser um intruso desconhecido
é que
a criança volta a estar em paz e passa a ser ela mesma.
Não
será isto que Jesus quer de nós na religião?
Senhor
Jesus, nascido da intimidade do Amor
e
gerador de intimidades fecundas com cheiro a aliança,
abre
os olhos do nosso coração à tua presença invisível.
Que o
teu Espírito crie nós laços de comunhão e de fidelidade,
alimentados
pela oração e a escuta da Palavra,
fortalecidos
pelos sacramentos e, de modo especial, pela Eucaristia
e
confirmados pela caridade que se torna testemunho e missão.
Faz de
nós ovelhas amadas e amantes duma fraternidade totalizante.
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