segunda-feira, maio 25, 2015
2ª feira da 8ª semana do Tempo Comum
Como será difícil para os que têm
riquezas entrar no reino de Deus! (cf.
Mc10,17-27)
Deus é
rico em tudo, mas principalmente em amor,
por
isso, coloca tudo ao serviço e salvação de todos.
É uma
riqueza baseada, não na posse idolátrica do ter e do poder,
mas na
generosidade do dom para enriquecer a todos.
É
esta a lógica da Encarnação, da Páscoa e do Pentecostes.
Mas
tanto dom gratuito, que nos põe à busca a eternidade,
necessita
de um coração pobre, disponível, confiante e aberto.
Por
isso, para além do mal que devemos evitar fazer,
falta-nos
vender todas as seguranças, solidarizar-nos com os pobres
e
seguir apenas a Cristo, com a liberdade do barco à vela.
As
riquezas fazem-nos mal quando ocupam o lugar do coração.
A
riqueza do saber sem amor torna-se afirmação e humilhação.
A
riqueza da inteligência sem amor torna-se poder destruidor.
A
riqueza tecnológica sem amor torna-se domínio e exploração.
O
poder de sedução sem amor torna-se instrumentalização.
A
riqueza de orgulho e autossuficiência leva à idolatria e ao
ateísmo.
As
pessoas que amam e as instituições de solidariedade,
veem
nas suas riquezas uma oportunidade para distribuir e ajudar.
Pai,
rico em misericórdia e fonte de toda a santidade,
obrigado
por tanto dom com que sustentas a vida.
Cristo,
amor de Deus que se faz servo e companheiro,
louvado
sejas pelo teu coração pobre e fiel à aliança,
com
que, aos acreditam em Ti, enches com as riquezas da tua graça.
Envia-nos
o teu Espírito e dá-nos o sentido da eternidade,
para
que nos libertemos da idolatria do ter, do poder e do prazer
e
dá-nos um coração confiante, onde todos possam entrar.
Ensina-nos
a ser felizes, com um coração pobre em espírito,
vazio
de falsas seguranças e plenamente cheio da eternidade presente.
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