quinta-feira, maio 21, 2015
5ª feira da 7ª semana da Páscoa
Eu neles e Tu em Mim, para que sejam
consumados na unidade. (cf. Jo
17,20-26)
Jesus
é o canal de comunhão entre a Trindade e a Igreja.
O
Espírito é a vida divina a circular o mesmo amor do Pai no Filho,
numa
nuvem fecunda que envolve e se derrama sobre toda a criação.
A
Igreja vive assim o milagre da unidade da fé,
com as
cores e os sabores de cada tempo e lugar,
a
riqueza e a criatividade de cada coração de mãos erguidas,
a
diversidade e complementaridade dum mistério insondável de amor.
Cristo
é a ponte de cruz onde o Céu e a criação se encontram!
Há na
Igreja, muitas vezes, o medo da novidade e da diversidade.
Como
se o mistério de fé fosse possível fossilizar num credo
e a
Igreja não fosse, por natureza, peregrina do ainda não,
e a
Palavra de Deus não fosse um diálogo situado e profético
e o
Espírito não soprasse onde quer, quando quer e como quer!
Nesta
angústia de nos perdermos e desconfiança de heresia,
criam-se
muros de separação, silenciam-se vozes incómodas,
antecipam-se
condenações eternas e impõem-se liturgias uniformes.
O
critério da verdade e da unidade não pode ser o poder ou o saber,
mas as
sandálias da caridade que brotam da fé na Cabeça deste Corpo.
Pai
santo, obrigado pelo amor eterno que nos revelas no teu Filho.
A Tua
palavra e os teus mandamentos não são teorias para os outros,
mas
vida jubilosa e boa-nova de comunhão onde nos queres integrar,
porque
o teu amor é uma felicidade que a todos queres partilhar.
Louvado
sejas, ó Cristo, nosso salvador e árvore da vida,
que
nos alimentas com a seiva do teu Espírito e os frutos da tua Páscoa.
Dá-nos
a coragem de sermos peregrinos permanentes do mistério da fé,
com a
humildade do sábio que busca em diálogo e comunhão,
porque
Cristo não se pode viver sozinho e de costas voltas para ninguém.
Maria,
Mãe da Igreja e da criação, ensina-nos a abraçar Jesus nos
irmãos.
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