terça-feira, junho 23, 2015
3ª feira da 12ª semana do Tempo Comum
Tudo quanto quiserdes que os homens
vos façam fazei-o também a eles.
(cf. Mt 7,6.12-14)
Deus
nada nos pede que não no-lo tenha dado em abundância!
Por
isso, a nossa vocação é sermos imagem e semelhança de Deus.
Deus
foi-nos mostrando o seu carinho de artista na criação,
a sua
paixão de Pai e de Mestre, propondo-nos a aliança,
as
suas entranhas de misericórdia, perdoando-nos as infidelidades.
Mas
mesmo assim, ainda havia gente que duvidava
e
criava Deus à sua tacanha imagem: juiz vingativo e misterioso.
Por
isso, o Pai envia o seu Filho, verdadeira imagem de Deus,
a
fazer-nos o que Deus quer que nós lhe façamos:
semear
a vida, amar até à oferta de si, salvar a todos!
Hoje
todos lutamos pelos nossos direitos:
“o
que é que os outros me devem fazer e que eu tenho direito?”
Nesta
massa incontável de indivíduos a centrifugar direitos,
tudo
se conjuga na primeira pessoa, tudo é relativo ao Eu,
tudo e
todos se tornam instrumentos ao meu serviço:
a
natureza, os outros, o Estado, o próprio Deus!
Quando
todos só pensam em si, a vida torna-se numa batalha,
em que
sobrevivem apenas os mais fortes
à
custa da exploração, da insensibilidade, do medo e da destruição!
Este é
o caminho largo que não conduz à vida para todos!
Pai
grande, que te fazes pequeno para que possamos ser divinos,
obrigado
porque nos amaste primeiro e não te cansas de nos amar!
Cristo,
verdadeiro Deus e verdadeiro homem, maduro de coração,
salva-nos
do nosso egoísmo, obeso de direitos e de caprichos,
para
que aprendamos contigo a ser irmãos que oferecem a vida
e
filhos de Deus que praticam a solidariedade, o perdão e a paz.
Espírito
de amor, que nos ensinas a colocar na pele do outro,
ajuda-nos
a chorar com os que choram,
a
alegrar-nos com os que cantam,
a
baixar-nos aos pequeninos para os ajudar a crescer.
Ensina-nos
a peregrinar pelo caminho do encontro que brota do amor!
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