sexta-feira, julho 17, 2015
6ª feira da 15ª semana do Tempo Comum
Se soubésseis o que significa: ‘Eu
quero misericórdia e não sacrifício’.
(cf. Mt 12,1-8)
Jesus
é maior do que o templo e Senhor do Sábado.
Ele é o coração
da aliança que sabe distinguir,
entre rebeldia e
necessidade, entre astúcia e circunstância,
entre
fundamentalismo e misericórdia.
O coração da
aliança é o amor e não o dever!
O maior louvor ao
Senhor é fazer do tempo misericórdia,
do rito e do
sacrifício memória dum coração atento e fraterno.
Se compreendêssemos
o que move Jesus a encarnar,
a dar a vida por
nós e a continuar fiel ao seu amor,
faríamos da
liturgia, não ritos para cumprir ou despachar,
mas escola de
comunhão e fogo inconsumível que adoça o coração!
Deus propôs-nos um
“dia do Senhor” para levantarmos a cabeça
e recordarmos que
há um Pai comum e eterno no horizonte
e há pessoas ao
nosso lado, aguardando a ternura dum irmão.
Nós pelo
contrário, preenchemo-lo com rotina de trabalho,
sono atrasado na
ressaca da semana ou da noitada,
passatempo virtual
fechado em casa,
sacrifício
corporal num culto de si mesmo...
Sem domingo de
cabeça levantada e horizonte de esperança,
ficamos mais
curvados sobre nós mesmos,
peças de produção
e de consumo, sem fé nem coração!
Pai de bondade e
fonte inspiradora da aliança,
dá-nos um coração
de pastor, atento e misericordioso,
como o de teu Filho
Jesus e nosso salvador.
Cristo, Filho do
homem que desceu do Céu para servir,
envia-nos o teu
Espírito e dá-nos a sabedoria do coração
que nos faz
compreender o que é culpa e pecado,
do que é relativo
e circunstancial na lei do amor.
Ensina-nos a ser
fieis nas vicissitudes da vida
e a não justificar
a incoerência com a piedade
nem o laxismo com o
capricho a que chamamos liberdade!
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