quarta-feira, julho 22, 2015

 

S. Maria Madalena


Foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. (cf. Jo 20,1.11-18)

O Senhor da vida já inaugurou um mundo novo
e nós não nos demos conta, continuamos à procura dum morto!
O túmulo está aberto, dentro habita o mistério da boa nova,
fora encontra-se o Amado por quem choramos.
Maria Madalena sai na escuridão da fé
à busca de uma aurora que a console.
Encontra-se com um novo não imaginado,
fala com o Mestre julgando ser o jardineiro.
Só a intimidade do nome pronunciado, por detrás,
a faz voltar e encher-se de alegria pelo Rabuni reencontrado.
E as lágrimas deixam a aurora desanuviar
e a alegria pascal ganha asas de apóstola!

Temos medo de nos adentrarmos no escuro da fé.
É uma aventura que exige confiança e desejo de mais.
A maioria das pessoas prefere adormecer a inquietação,
evitar a noite da procura, distrair a angústia do vazio,
esperar que a escuridão se faça milagre de luz.
Outros vivem na superficialidade, entretidos com magias,
rituais e orações misteriosas que imaginam lhe dão poder!
Maria Madalena é o modelo do crente inquieto,
ativo, persistente, que busca a fé com o coração!

Senhor Jesus, jardineiro destas plantas amarelecidas,
poda-nos, cura-nos dos parasitas, fortalece-nos
e dá-nos a luz que nos faz dar vida nova e fruto abundante.
Cristo, Emanuel desconhecido a percorrer as nossas vidas,
ajuda-nos a reconhecer a tua voz, que nos fala por detrás,
na Bíblia aberta, na escuta litúrgica, no irmão amigo.
S. Maria Madalena ensina-nos a viver a inquietação da fé

e a anunciar Cristo, com o olhar brilhante do encontro!

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