domingo, agosto 30, 2015
22º Domingo do Tempo Comum (30
‘Este povo honra-Me com os lábios,
mas o seu coração está longe de Mim.
(cf. Mc 7,1-8.14-15.21-23)
Deus
dá-nos tudo, pois tudo vem de Deus,
mas o
maior dom é o seu amor por nós,
a sua
paciente busca do que anda perdido,
a sua
misericórdia sem limites para quem se arrepende.
O dom
do seu Filho ratifica a sua aliança eterna,
por
isso, Jesus revela um Deus bom pastor,
uma
divindade serva da vida, uma oração filial,
uma
liturgia que não se limita a oferecer palavras ou coisas,
mas a
própria vida no altar da cruz e da rejeição.
É um
culto assim, feito de paixão por Deus e pelo próximo,
que
Deus quer de nós, para que os ritos não soem a mentira!
As
nossas práticas religiosas estão cheias de tradições culturais:
cantar
determinados cânticos, vestir de uma certa forma,
ascender
velas, fazer procissões, rezar orações antigas...
Para
salvar tais tradições religiosas, formam-se grupos de apoio,
luta-se
contra o pároco, criam-se divisões e ressentimentos.
Esta
religiosidade cultural e mágica vive do orgulho e do medo,
mas
mantém o coração longe de Deus e o ouvido surdo à conversão.
Na
liturgia, gosta de usar apenas os lábios e as mãos,
o
resto é domínio privado, impenetrável e sem doação.
É por
isso que une tranquilamente a piedade com a injustiça,
como
se vida fosse o meu reino e a religiosidade representação!
Pai de
bondade e coração apaixonado por nós,
louvado
sejas por tanto amor e paciente salvação.
Cristo,
Filho do Altíssimo, que te fizeste nosso irmão,
louvado
sejas porque és uma vida em doação,
oferendo
o perdão a quem te mata e te rejeita.
Dá-nos
o dom da escuta discipular da tua Palavra
e
envia-nos o teu Espírito, para que sejamos todos teus
e o
nosso louvor brote dos lábios, dos sentimentos,
dos
desejos, dos projetos e das ações ditas profanas.
Dá-nos
o dom duma religião pura e santa,
para
que nada se sobreponha ao mandamento da caridade!
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