sexta-feira, fevereiro 12, 2016

 

6ª feira depois das Cinzas


Podem os companheiros do esposo ficar de luto, enquanto o esposo estiver com eles? (cf. Mt 9,14-15)

Jesus, o Filho de Deus, é o esposo que nos ama,
com o amor do Pai e do Espírito, numa aliança eterna!
A Igreja, santa e pecadora, fiel e inconstante,
é a esposa que Ele ama e cura com a sua misericórdia!
Cada um de nós é ao mesmo tempo membro da Igreja
e companheiro e amigo do Esposo, num mistério de graça!
O jejum não é um gesto ritual nem mítico incompreensível,
mas uma expressão do nosso afastamento do Esposo e da Igreja,
e a vontade penitente de querermos voltar à Casa da Comunhão!

Há muita gente que jejua por razões económicas (pobreza),
estéticas (aspeto físico), profissionais (excesso de trabalho),
de saúde (obesidade ou internamento cirúrgico).
Este jejum beneficia apenas o próprio!
O jejum religioso brota de uma exigência de mais,
ao tomarmos consciência do afastamento solitário em que andamos.
Por isso, jejuamos da mentira para nos alimentarmos da verdade,
jejuamos do mal que nos autodestrói para nos alimentarmos do bem,
jejuamos do individualismo para alimentarmos da comunhão,
jejuamos do consumismo para alimentarmos a caridade,
jejuamos de dependências para fortalecer a liberdade!

Senhor Jesus, obrigado porque me aceitas como teu amigo!
Perdoa, Senhor, porque apesar de me dares 24 horas por dia,
eu, para Te dar alguns minutos de oração por dia, acho demasiado!
Envia o teu Espírito e fortalece a nossa vontade
para que esta Quaresma seja luminosa
e nos ajude a aproximar de Ti e dos irmãos,
chorando o tempo desperdiçado e o lixo acumulado!
Ajuda-nos, Senhor, a fazer o verdadeiro jejum que queres de nós,
para que não engordemos de orgulho por um dia mal passado,
mas entremos numa conversão sincera e humilde

ao coração misericordioso que sempre nos espera!

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