terça-feira, março 29, 2016

 

3ª feira da Oitava da Páscoa


Enquanto chorava, debruçou-se para dentro do sepulcro e viu dois Anjos. (cf. Jo 20,11-18)

Maria Madalena chora a ausência do seu Senhor!
Sente-se só e abandonada por Aquele em quem confia!
Nem sequer o seu cadáver pode encontrar
para lhe prestar a última homenagem fúnebre!
É um choro de criança desesperada e perdida!
Mas ao sair de si mesma,
ao debruçar-se para dentro do sepulcro,
começa a ver, não o corpo inanimado de Jesus,
mas dois anjos, sinais vivos do Céu no lugar dos mortos!
E a vida que há no túmulo interroga-a: “Mulher, porque choras!”.

Há desesperos que nos fecham sobre as nossas lágrimas!
Só vemos o que perdemos e congeminamos pesadelos,
em disco riscado que nos precipita na depressão!
Jesus é o Emanuel, está sempre connosco,
nunca nos abandona, mas o desespero cega-nos a fé
e as lágrimas gritam socorro na nossa solidão!
A solução é debruçar-nos sobre a realidade perdida,
escutar a voz de quem nos consola e limpa as lágrimas,
sentir a ternura de Quem nos ama e chama pelo nome,
quando nos voltamos para trás e olhamos a realidade!

Senhor Jesus, jardineiro da esperança num mundo sem pastor,
obrigado pela vida escondida que quer despertar a aurora!
Cristo, disfarçado de desconhecido mas nos conheces intimamente,
pronuncia o nosso nome e acalenta a nossa confiança,
para com o bálsamo da tua misericórdia!
Envia-nos o teu Espírito e faz-nos peregrinos do amor,
neste esconde-esconde que é a vida da fé,
com a alegria de confiarmos que somos sempre por Ti encontrados!

E neste jogo de “cabra-cega” faz de nós missionários da esperança!

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