sexta-feira, março 18, 2016

 

6ª feira da 5ª semana da Quaresma


Não é por qualquer boa obra que Te queremos apedrejar: é por blasfémia. (cf. Jo 10,31-42)

Jesus é a Palavra que revela o sentido do que faz.
As boas obras, que realiza, falam da sua filiação divina,
mas as suas palavras assustam, quando fala de ser “Filho de Deus”!
Admiram Jesus por ser uma pessoa boa,
mas querem apedreja-Lo por falar de Deus como Pai,
próximo e fonte das boas obras que realiza!
E para, pretensamente defenderem Deus da blasfémia,
querem apedrejar Jesus e matar a sua palavra!
Mas como podemos defender Deus, insultando e matando?

A violência religiosa acende-se com rastilhos de palavras:
insultos, juízos, humores depreciativos, escárnios...
A violência, como resposta impetuosa, muitas vezes não se sabe
se vem da defesa de Deus ou do líder religioso
ou da defesa de honra e do grupo religioso a que se pertence!
Mas o maior ataque que podemos fazer a Deus e aos seus profetas
é usar de violência, justificar a vingança, destruir inocentes!
O nome de Deus é misericórdia, paz, clemência, justiça, vida!

Senhor, Pai de todos os seres humanos e de toda a criação,
ajuda-nos a todos a ser e a viver como irmãos,
com obras fraternas e palavras respeitosas!
Cristo, Palavra de amor crucificada na cruz da blasfémia,
ensina-nos a viver como filhos de Deus,
livres do preconceito, da raiva e da militância agressiva!
Neste mundo plural e global, onde a livre expressão é um bem,
ensina-nos a boa convivência nas palavras e nas obras,
para que a liberdade e a democracia não se tornem um insulto

e a fé e a prática religiosa nos ajudem a ser pacíficos e justos!

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