domingo, março 27, 2016

 

Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor


Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. (cf. Jo 20,1-9)

Deus trabalha enquanto dormimos
e liberta o Prisioneiro da morte, despertando a aurora da esperança!
Maria Madalena não adormece o seu amor pelo seu Senhor,
por isso, levanta-se ainda escuro esperando pela luz.
Vê a o túmulo aberto e desperta Pedro e João para a novidade!
Os dois discípulos correm para o sepulcro.
João, sem entrar, debruça-se e vê as ligaduras no chão.
Pedro entrando, vê as ligaduras e o sudário enrolado à parte!
Por fim, entra o discípulo predileto e “viu e acreditou”!
Que caminho feito no escuro, que etapas que os levaram tão longe,
que mistério este do túmulo vazio cheio de sinais do Ressuscitado,
que cenário luminoso que recorda a Palavra de Deus!

O dom da fé não se ilumina esperando dormindo!
Exige busca na noite da inquietação,
envolvimento comunitário no adentramento do mistério,
colaboração no anúncio das pequenas descobertas pessoais,
meditação demorada da Palavra de Deus,
intuição da fé que sabe ler sinais de vida no lugar da morte!
Há pessoas que na noite da morte da sua fé infantil,
desistem de procurar, entretêm-se a construir o próprio altar,
ficam a dormir quando a aurora se prepara para despertar!
De longe, como mirones do oceano e dando palpites,
veem a Igreja como um túmulo fechado e tradicionalista,
admirando-se e criticando quando descobrem que a pedra foi rolada!
Só entrando e participando podemos compreender o puzzle
e ligar as peças, que separadas não dão para entender!

Senhor, Pai e fonte da vida para sempre,
obrigado porque nos devolveste tão grande amigo e salvador!
Cristo, Cordeiro que tiras o pecado do mundo
e queres transformar este mundo em jardim da vida,
dá-nos a alegria da esperança e a luz da fé,
para que saibamos ler os sinais da tua presença,
no meio da escuridão da vida que nos desanima!
Que a celebração da Tua Páscoa, nesta manhã de luz,
nos ressuscite do mau viver e nos liberte do mau fermento,
para que deixemos que nos retires a pedra resistente

que nos tumula em nós mesmos!

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