sábado, setembro 24, 2016

 

Sábado da 25ª semana do Tempo Comum


Aquelas palavras eram misteriosas para eles e não as entendiam. (cf. Lc 9,43b-45)

Jesus revela-nos um Deus que nunca imaginaríamos:
que se abaixa para nos falar, que sofre sem se irar,
que cura com a misericórdia em vez de castigar,
que oferece a sua vida por aqueles que lha tiram!
Por isso, ouvir falar de paixão e de cruz ao Messias de Deus,
fazendo da omnipotência impotência resistente à vingança,
não dá para compreender que Deus seja assim!
A cruz é o poder do amor e da vida eterna, nua e crua,
que nenhuma injustiça ou traição podem corromper!
Nela se revela a paz, sem a ansiedade insegura do imediato,
que espera três dias para ressuscitar!
Para entender Jesus Cristo é preciso nascer de novo!

Há duas linguagens que todos entendem: a do amor e a do temor!
A do amor usa as armas do respeito paciente,
da hospitalidade, do diálogo, do perdão, da pedagogia,
da solidariedade que eleva, do cuidado da vida...
A linguagem do temor está normalmente ligada ao poder
e usa as armas da força, da imposição, da fiscalização,
do castigo exemplar, da destruição, da vingança, da humilhação...
Como Deus é o Omnipotente e todo poderoso,
esperamos que use a linguagem e os métodos do temor,
e custa-nos compreender que nos fale eternamente do amor!

Senhor, mistério de amor eternamente vivo,
poderosamente fecundo e misericordiosamente gratuito,
envia-nos o teu Espírito e ilumina o nosso entendimento,
para que possamos acreditar e seguir Jesus, teu Filho!
Cristo, que fizeste da realidade cruel e fria da cruz
a revelação brilhante da tua fidelidade ao evangelho do amor,
aumenta a nossa fé e dá-nos o dom da fortaleza na dor!
Liberta-nos da tentação de nos tornarmos cruéis

e esquecermos a linguagem do amor, em situações de cruz!

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