sexta-feira, janeiro 20, 2017
6ª feira da 2ª semana do Tempo Comum – 3º dia do Oitavário de orações pela unidade dos cristãos
Quanto mais perfeita é a aliança de que Jesus é mediador. (cf. Heb 8,6-13)
Na primeira aliança Deus deu ao seu povo leis exteriores.
Perante a falta de adesão do coração do seu povo,
Deus prometeu pela boca dos seus profetas
uma nova aliança, gravada pelo Espírito no coração de cada um.
Jesus é o mediador dessa nova e eterna aliança,
selada pelo seu sangue no sacrifício da sua vida na cruz
e impressa no nosso coração pelo dom do seu Espírito.
O Espírito inspira e o exemplo de Cristo confirma,
a misericórdia de um Deus que nos ensina a amar sempre.
Jesus é o mediador que vive a alegria desta aliança
e deseja que todos participem desta plenitude de felicidade.
Às vezes parece que ainda estamos na primeira aliança:
à procura de orientações externas, de cumprimentos legais,
de rituais certos, de ética a metro, de folhagem sem fruto.
É assim nos meios eclesiais, mas também meios sociais,
em que a superstição da magia e do medo, substitui a religião,
e as pessoas se preocupam, não com a qualidade das suas relações,
mas com as palavras exatas de uma oração forte,
com a 6ª feira e o dia 13, com o encontro com um gato preto,
com o número de pessoas sentadas à mesa...
Em vez de aprofundamos a nossa vida em Cristo
e assumirmos uma atitude de permanente discernimento,
perdemo-nos connosco mesmos, à volta dos nossos interesses,
sacralizados e apaziguados com uns rituais domingueiros
ou uma vela no santuário ou umas citações bíblicas.
Pai santo, Deus da aliança eterna e sempre renovada,
torna-nos dóceis à ação do teu Espírito,
para que Ele possa imprimir no nosso coração o fogo do teu amor.
Cristo, mediador que une a fidelidade de Deus e a humana,
envia-nos o teu Espírito e ensina-nos a viver,
como amigos do Esposo, imbuídos dos mesmos sentimentos,
zelosos do mesmo louvor, livres para amar a todos.
A todos os que nos dizemos seguidores de Jesus,
dá-nos uma espiritualidade de frutos de vida e de justiça
e não de folhagem orgulhosa de rituais e verdades!
Enviar um comentário