sexta-feira, fevereiro 24, 2017
6ª feira da 7ª semana do Tempo Comum
Se quiseres um amigo, tens de o pôr à prova e não tenhas pressa em lhe dar a tua confiança. (Cf. Sir 6,5-17)
Deus é o verdadeiro amigo que nos procura desde a eternidade.
A sua misericórdia é a prova da sua fidelidade incondicional,
mesmo quando o nosso pecado é grande e reiterado.
A aliança, que nos uniu num abraço desigual,
foi retificada por Jesus, esposo da Igreja, dando a vida por nós.
A Eucaristia é sacramento renovado desta aliança eterna
e o matrimónio o sinal mais tangível do amor entre Cristo e a Igreja.
Deus é amor e isso nota-se em tudo o que nos rodeia!
As relações humanas estão feridas pelo pecado, pelo egoísmo,
Por isso precisam de ser purificadas e cuidadas em cada pormenor.
A rapidez com que se passa dum encontro fortuito
ao relacionamento intimo e sexual, fragiliza a relação.
Ainda a amizade e o conhecimento mútuo não foi provado
e já se quer navegar em mar alto, atuando como casal,
sem preparação para conduzir o leme conjunto do seu barco.
É por isso que há tanto aproveitamento do outro,
tanto abuso de confiança, tanta traição ligeira,
tanta troca de parceiro, tanta palavra balofa.
A amizade não pode ser um mercado de afetos,
nem uma banalização de intimidades,
mas precisa de uma conquista lenta e prudente da confiança
e de uma entrega adulta e generosa do bem querer do outro.
Senhor, nosso Pai, Mãe, Irmão e amigo,
obrigado pela surpresa de amor eterno
com que nos criastes, salvastes e dás sentido à vida.
Dá-nos um coração maduro e grande na capacidade de amar.
Cristo, que provas o teu amor por nós na cruz,
alimenta a nossa fidelidade nas miragens do deserto do egoísmo.
Espírito de verdade ensina-nos o louvor perfeito e agradável,
e o compromisso do amor mesmo quando dói e é traído.
Enviar um comentário