sábado, fevereiro 25, 2017

 

Sábado da 7ª semana do Tempo Comum


Concedeu-lhe dias contados e deu-lhe poder sobre tudo o que há na terra. (Cf. Sir 17,1-13)

Deus criou o seu humano como coroação da criação.
Fê-lo à sua imagem e semelhança na capacidade de amar,
de entender, de criar, de ser livre, de louvar.
Deu-lhe poder sobre a criação numa vida finita e limitada,
assim a humanidade pode viajar nas ondas da glória e do poder,
sem esquecer a humildade e a caridade da ecologia e da justiça.
Grande mistério é este de conjugar a fragilidade com poder,
razão com fé, liberdade com obediência,
centralidade da pessoa com bem comum,
solidariedade com subsidiaridade, morte e eternidade!

Hoje o mundo parece um grande parque industrial,
que inclui produção agrícola intensiva, 
produção intelectual, científica e escolar,
produção de notícias e serviços de lazer,
produção de respostas espirituais de acordo com os gostos...
Quem se pode integrar num destes pólos de produção
tem lugar e emprego, quem não consegue fica excluído!
Neste mundo criado pelo homem não há lugar para a fragilidade,
nem para os doentes, nem para deficientes, nem para os idosos,
nem para as crianças, nem para os refugiados...
a não ser que, ele ou alguém por ele, compre a sua integração!
Estamos todos com um contrato a termo nesta vida,
mas agimos como se fossemos donos de tudo isto!

Trindade Santa, como sois grande e o vosso poder é serviço,
ensina-nos a conjugar a razão com a gramática do amor.
Cristo, Homem novo, mortal e eterno,
ensina-nos a saber o que significa acolher o Reino de Deus
como uma criança e a cuidar da vida frágil e desprotegida.
Espírito de discernimento ensina-nos a optar pelo bem 
e a rejeitar o mal e a injustiça.
Recria-nos homem novo, à imagem e semelhança do bom Deus,
um anjo da guarda da criação e do necessitado de amor e de ajuda. 

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