sexta-feira, abril 21, 2017
6ª feira da Oitava da Páscoa
Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que veio a tornar se pedra angular. (cf At 4,1-12)
Deus pronunciou a criação e chamou a humanidade
a ser colaboradora no cuidar do que foi criado,
no educar para a vida, no apontar para o essencial,
no curar o que está doente, no recuperar da desesperança.
Ao povo de Israel deu orientações e fez uma aliança,
para que a construção da história fosse de acordo com o projeto,
mas os construtores puseram-se a admitir alterações,
a falhar na coordenação do trabalho em equipe,
a preocupar-se apenas com as aparências.
Foi assim, que pedras fundamentais como os profetas
foram perseguidos e mortos,
e a Pedra Angular, que foi Jesus, foi rejeitada e crucificada!
Hoje como ontem, há muita gente boa desprezada,
só porque é diferente ou nasceu numa periferia,
ou vive num país subdesenvolvido ou em guerra!
Assim como a fruta não calibrada, normalmente é deitada fora,
assim pessoas não produtivas são marginalizadas:
analfabetos, desempregados, deficientes, crianças,
idosos, disfuncionais, refugiados...
Há também algumas “pedras fundamentais” que são jogadas fora:
o descanso, o amor familiar, o perdão, a solidariedade, a paz...
e na falta destas “pedras angulares” a família desmorona-se,
a sociedade e o bem comum fragiliza-se,
a paz secundariza-se, a justiça faz de conta...
Senhor, cujo olhar em tudo vê bondade recuperável,
ensina-nos a ver com olhar fraterno e cheio de esperança.
Cristo, Pedra Angular desprezada pela humanidade,
obrigado porque, apesar disso, não nos desprezas
e por nós continuas a dar a vida e a oferecer a salvação.
Espírito Santo de comunhão e de aliança,
ajuda-nos a aprender a reciclar e a recuperar
os tesouros escondidos nas lixeiras das aparências
e das periferias maltrapilhas e chagadas!
Faz de nós uma Igreja inclusiva e atenta ao fraco e pecador,
para elevar e cuidar da sua dignidade amarfanhada!
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