sexta-feira, junho 09, 2017

 

6ª feira da 9ª semana do Tempo Comum – S. Efrém


Já te vejo, meu filho, luz dos meus olhos. (cf. Tob 11,5-17)

Deus arde de desejo em voltar a ver os seus filhos.
Quando alguém se arrepende e procura a misericórdia,
Deus corre jovem e abraça-lhe o pescoço com o beijo da paz
e diz-lhe: “Já te vejo meu filho, luz dos meus olhos!”
Quando Jesus ressuscitou dos mortos e volta com a humanidade,
o Pai faz festa no Céu e diz-lhe com eco eterno:
“Já te vejo, meu Filho, luz dos meus olhos!”
Quando alguém acolhe o dom da fé 
e lhe caiem as escamas do engano,
lança-se nos braços do Invisível que o acompanha e diz-lhe:
“Já Te vejo, meu Senhor, luz e salvação dos meus olhos!”
Quando alguém se compadece do que sofre e o ajuda,
diz-lhe o coração palpitante: “Já te vejo, meu irmão,
já não és árvore a passar, mas coração a amar!”

A cegueira de olhos abertos é a grande doença de hoje.
Vivemos como que sentados num cinema,
a ver imagens passar e a sonhar com enredos de novela.
Somos espetadores de um mundo que não nos toca,
a não ser a curiosidade mórbida e o passatempo.
Como Deus não entra nessa, de espetáculo para entreter,
e se torna invisível aos olhos da curiosidade
e apenas visível aos olhos da fé que envolve as entranhas,
o ser moderno descarta Deus, pois procura-Lo é uma seca!
Não há pachorra para procurar Deus escondido,
para rezar durante a noite e aos tropeções,
buscando a Voz que se ouve de vez em quando!

Senhor, há quanto tempo nos esperas para nos abraçares
e fazeres a festa do encontro, num face a face misericordioso!
Cristo, Tobias que procuras no mundo uma esposa que Te ame,
vem fazer da tua Igreja uma Sara que te acolha e seja fecunda.
Espírito Santo, qual Rafael que nos curas da cegueira,
liberta-nos das escamas do egoísmo e do interesse,
e dá-nos o dom do discernimento e da compaixão,
para que vejamos o outro como irmão
e sejamos para ele um anjo da guarda que o cuida.

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