quarta-feira, julho 05, 2017

 

4ª feira da 13ª semana do Tempo Comum


Sara notou que o filho dado a Abraão pela egípcia Agar brincava com o seu filho Isaac. (cf. Gen 21,5.8-20)

Deus é Pai de todos, pois a vida é a sua nascente.
As crianças estão para além das fronteiras,
aquém dos preconceitos, livres para brincar juntos.
Ismael e Isaac não distinguem entre escrava e livre,
são simplesmente crianças amigas, filhos de Abraão.
O medo de Sara é que expulsa Agar
e expõe mãe e filho aos perigos do deserto.
Deus suporta os maus humores dos adultos
e protege as crianças, o elo mais fraco.
Por alguma razão Jesus nos diz: 
“se não vos tornardes como as crianças, 
não entrareis no Reino dos Céus!”

Ismael e Isaac são pais de povos irmãos,
numa longa história de vizinhança em conflito.
Judeus e árabes e cristãos consideram-se filhos de Abraão,
mas têm dificuldade de se tratarem como irmãos.
Os medos, as desavenças, as vinganças e os preconceitos
passam-se de geração em geração, não deixando
que as crianças comecem algo novo a brincar à paz.
Há uns demónios que nos tornam violentos
e desfiguram o irmão, matando inocentes!
Enquanto isto, Deus continua a sonhar
com filhos que sejam capazes de viver na mesma casa,
brincar juntos, embora diferentes, cada um com a sua vocação.

Senhor, Pai grande, que a todos nos amas,
ajuda-nos a compreender a fraternidade na diferença,
o diálogo que perscruta a verdade,
a riqueza multicultural que constrói a comunhão.
Liberta-nos das heranças de conflitos e de medos,
para que comecemos capítulos novos da história,
na inocência da criança e no amor da misericórdia.
Senhor Jesus, liberta-nos dos demónios de agressividade 
que dividem, criam muros e alimentam comércio de armas.

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