quarta-feira, julho 19, 2017

 

4ª feira da 15ª semana do Tempo Comum


Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor numa chama ardente, do meio de uma sarça. (cf. Ex 3,1-6.9-12)

Moisés faz a experiência de Deus que vem ao encontro,
como fogo que não se consome numa sarça, como dom.
O amor de Deus vê e escuta o sofrimento do seu povo
e chama Moisés para ser instrumento da sua libertação.
A oração ajuda a ver a realidade e convoca para a missão!
É entrar no coração de Deus, concentrado na ovelha perdida
e não nas noventa e nove que se conservam sãs e salvas no aprisco.
Jesus é este fogo ardente na sarça ardente do Nazareno
que convoca os apóstolos como novos Moisés!

A vida cómoda, que nos absorve, afasta-nos dos que sofrem.
O importante é subir à montanha da minha realização pessoal,
da minha felicidade, do meu bem-estar, do meu sonho...
o resto é espetáculo, assunto de notícia e de estatística.
A concentração urbana acentua esta forma de viver:
vive-se só no meio de uma grande multidão em movimento,
como se fossem árvores sem rosto, nem boca, nem coração.
Às vezes, as catástrofes naturais despertam 
o fogo ardente da solidariedade, da centelha de Deus em nós!

Senhor, Coração ardente e atento ao que sofre e se perde,
ensina-nos a rezar, como quem se deixa atear pelo fogo do teu amor.
Cristo, novo Moisés, enviado pelo Pai a salvar as ovelhas perdidas,
envia-nos o teu Espírito que nos desafia a responder:
“Senhor eis aqui, podes enviar-me!”
Liberta-nos do comodismo que nos torna indiferentes,
insensíveis, espetadores, que se desculpam dizendo:
“Quem sou eu e que posso eu fazer para melhorar este mundo?”
Ajuda-nos a confiar mais em Ti do que nas nossas forças
e a fazer o pouco que podemos fazer com a tua ajuda!

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