quinta-feira, julho 20, 2017
5ª feira da 15ª semana do Tempo Comum
O que Se chama “Eu sou” enviou-me a vós’. (cf. Ex 3,13-20)
O Deus de Abraão, Isaac e Jacob mantém o fogo do amor a arder
e revela-se a Moisés como o “Eu sou” fiel à sua aliança.
Deus é Palavra dada nas linhas tortas da história.
Cristo encarna esta Palavra e retoma todos os nomes anteriores:
Deus dos patriarcas, Filho da consolação, Emanuel,
“Eu Sou”, aliança eterna, Servo de Javé, Filho do Abba do Céu...
Hoje, Jesus permanece connosco e em cada sacramento nos diz:
“Eu sou” a água viva, “Eu Sou” a doação de um Espírito divino,
“Eu sou o Pão do Céu”, “Eu Sou” o remédio da misericórdia,
“Eu Sou” o amor que te torna fiel no matrimónio e no ministério,
“Eu sou” o que está sempre a teu lado no sofrimento e na alegria.
Um mundo sem Deus nota-se na dificuldade de dizer “Eu sou”.
O que foi ontem e o que será amanhã
poderá nada a ter a ver com o que é hoje.
Por isso, “o hoje”, “o aqui e agora” é o que nos resta da existência.
Nesta insegurança do futuro, o presente aparece engarrafado,
sem fonte nem rio, onde não há verdade, mas apenas prazo de validade!
Por isso, tudo é dinâmico, tudo muda sem segurança de ser:
a identidade de género, a profissão, a nacionalidade,
o clube, o partido, a religião, a família, o emprego...
Hoje a “palavra dada” não é fidelidade e compromisso para sempre,
mas tem um contexto e um prazo de validade!
Senhor, que bom saber que o teu amor não passa,
a tua Palavra permanece eternamente,
a tua misericórdia não se cansa nem seca,
o teu fogo redentor não se apaga nem esmorece.
Cristo, Rocha firme e âncora da nossa jangada,
envia-nos o teu Espírito e ensina-nos a permanecer em Ti,
como ramo da videira e canal da tua graça.
Liberta-nos da ilusão de ser cata-ventos ou parabólica insaciável,
sempre em busca de novidades para esconder o tédio sem sentido.
Dá-nos o dom e a alegria de sermos “Eu sou” fieis à tua missão!
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