quinta-feira, julho 27, 2017

 

5ª feira da 16ª semana do Tempo Comum


O Senhor desceu sobre o cimo do monte Sinai e chamou Moisés ao cimo do monte. (cf. Ex 19,1-2.9-11.16-20)

O encontro com Deus acontece entre proximidade e mistério.
É preciso entrar na nuvem escura ao som de trombetas,
entre o temor pela música celeste que nos envolve na paz!
Deus desce ao cimo do monte e chama Moisés a subir,
para que a aliança aconteça, num diálogo procurado.
A festa do encontro supõe dois dias de purificação,
pois só ao terceiro dia a aurora concretiza a promessa.
Moisés é o embaixador do encontro e da aliança,
dum povo espetador numa religiosidade externa!

Na rotina apressada do ritmo estressante da vida,
a oração faz-se a correr, com palavras decoradas,
sem parar para subir ao monte do dom do encontro,
surpreendente, purificante e fortificante,
em que o louvor se une à contemplação,
o diálogo partilha os gemidos e escuta a esperança!
Quando se perde o controle do presente,
fica-se em pânico e corre-se para a superstição,
à procura de uma mezinha mágica que seja fada do desejo.
Por isso, o secularismo sonâmbulo anda lado-a-lado
com a religiosidade atemorizada pelo mistério que lhe escapa.

Senhor, que andas à nossa procura escondido na nuvem,
para que nós Te busquemos e subamos à Montanha,
abre os nossos olhos à tua presença 
e os nossos ouvidos à tua Palavra de salvação.
Cristo, Palavra de vida que desces ao serviço da humanidade,
aumenta a nossa fé neste caminho de elevação,
que desce à profundidade do encontro no silêncio,
entre o ribombar dos ruídos que nos distraem do essencial.
Espírito Santo, sintonizador de frequências,
ensina-nos a não ser atletas narcisistas no ginásio da ambição,
mas a sermos peregrinos do sagrado, com rumo e com sentido!

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