quinta-feira, setembro 28, 2017

 

5ª feira da 25ª semana do Tempo Comum


Este povo diz: ‘Não chegou ainda o tempo de se reconstruir o templo do Senhor’». (cf. Ag 1,1-8)

A eternidade plena de amor desceu ao tempo encurvado sobre si.
Deus dá-nos o tempo como um dom que eleva
e nós consumimo-lo como propriedade própria que nos fecha.
Como o povo de Israel quando volta do exílio,
tomamos como única prioridade o nosso conforto
e esquecemos os outros, ficamos sem tempo para Deus.
Jesus, Palavra eterna, desce ao tempo e constrói história de amor,
passa a vida a fazer o bem, em diálogo com o Pai e o povo.
Por isso, tem tempo para a oração, para os doentes,
para os estrangeiros, para as crianças, para os pecadores...

Onde tudo se compra e vende, o tempo é dinheiro em saco roto.
Diz-me onde gastas o teu tempo e dir-te-ei onde tens o teu coração.
Numa sociedade narcisista, em permanentes “selfies photos”,
gasta-se o tempo sozinho consigo mesmo,
a alimentar a fama virtual e a comunicar com o ausente,
sonhando ser o centro de mundo, o rei da história.
Ocupados desta forma, não há tempo para o diálogo,
para os que estão próximos, para escutar gemidos de solidão,
para escutar vozes da eternidade, para alimentar o amor real.

Senhor, também eu tenho pressa e me sento ansioso,
quando visito a eternidade, onde o tempo é gratuito.
Dá-me, Senhor a tua paz e a alegria da tua graça,
para que também eu tenha tempo para a gratuitidade fecunda.
Inspirar-nos com a luz do teu Espírito para sabermos ponderar 
onde e como devemos ocupar o nosso tempo,
o que vale a pena, o que dá vida, o que perfuma a história,
o que alimenta a esperança, o que promove a reconciliação.

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