sábado, setembro 30, 2017

 

Sábado da 25ª semana do tempo Comum – S. Jerónimo



Corre e vai dizer a esse jovem: Jerusalém deverá ficar sem muros. (cf. Zac 2,5-9.14-15a)

A grandeza do Céu aberto desceu à terra.
Com os muros de divisão construiu pontes, pontos de encontro,
átrios de fraternidade, refúgio de pecadores.
Em Jesus, Deus habita no meio de nós,
entrega-se nas nossas mãos, revela o nosso medo e esperança.
O medo do mistério escondido em Jesus,
crucificou-o numa cruz, tentando apagar a Luz que nos revela,
mas a cruz abraça a todos e faz-se muralha da aliança,
que abre portas à esperança e rega a história com a sua misericórdia. 

Os castelos medievais são hoje museus do passado,
mas a globalização aberta construiu outros muros:
muros de arame farpado, muros de betão, muros económicos,
muros políticos, muros religiosos, muros racistas,
muros sexistas, muros de desenvolvimento, muros de saúde,
muros de justiça, muros culturais, muros geracionais...
É um mundo em vitrina, que parece acessível a todos,
no entanto, tem muros invisíveis que impedem a livre circulação!
Deus caminha connosco, mas nós fechámo-Lo no templo!

Senhor, perante a tua omnipotência, como me sinto ridículo
ao contemplar o nada que defendo e amuralho tão afincadamente!
Também hoje Te confundo com um inimigo e Te crucifico,
Te ignoro, Te deixo só, Te fecho em pequenos momentos de oração,
programados e limitados, para que não invadas a minha privacidade.
Está difícil deixar-Te entrar nos lugares mais íntimos da minha vida.
Dá-me coragem para que a tua Luz ilumine as minhas trevas
e possas dizer como a Zaqueu: “Hoje entrou a salvação nesta casa!”.
S. Jerónimo, estudioso e tradutor da Palavra de Deus,
ensina-nos, hoje, a viver do Evangelho e a traduzia-lo na vida!

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