segunda-feira, outubro 09, 2017
2ª feira da 27ª semana do Tempo Comum
Jonas levantou-se, a fim de fugir para Társis, para longe da presença do Senhor. (cf. Jonas 1,1-2,1.11)
Deus chama Jonas para uma missão profética junto de Nínive.
Jonas, em vez de obedecer, foge da missão do Senhor!
Deus não desiste de Nínive, nem de Jonas,
ambos precisam de ser salvos das suas vidas em fuga.
Jesus é o Jonas redimido, obediente e livre para a missão,
paciente e bom samaritano para nos curar e salvar.
Não anda à procura do próximo, mas faz-se próximo,
dando a vida por nós, levando-nos à estalagem da graça, a Igreja.
O medo e o comodismo fazem-nos levar uma vida em fuga.
O adiar (a oração, a conversão, uma visita, um trabalho...)
é uma forma de fuga do essencial, da nossa vocação e missão.
A mentira é uma forma de fuga da realidade e da verdade.
A dívida, quando não é investimento,
é uma forma de fuga e de maquilhagem da nossa real pobreza.
O viver juntos em vez de casar é uma insegurança e medo do outro.
O divórcio é uma forma de fuga ao diálogo, à fidelidade e ao perdão.
O mero funcionalismo é uma forma de fuga à nossa missão!
A opção pelo mundo virtual é uma forma de fuga ao encontro real.
O andar sempre ocupado e cheio de ruído é uma forma de fuga
à reflexão e avaliação do rumo que damos à nossa vida.
Não admira que tenhamos tanto medo de estar a sós e em silêncio!
Senhor, sinto as tempestades das minhas fugas
e o medo da fidelidade aos meus compromissos.
Sei que a misericórdia é a fonte do teu agir
e a tua santidade te faz próximo e servo!
Como és grande quando Te fazes pequeno!
Com é grande o coração compassivo revelado em Jesus!
Desculpa os muitos envios que em mim ficaram adiados,
as muitas omissões que deixaram náufragos por salvar,
muitos gestos de solidariedade que tornam inútil o dom do amor.
Que o teu Espírito sopre paz, confiança e fidelidade,
quando opto por viver em fuga em vez de viver em missão!
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