quarta-feira, agosto 08, 2018
4ª feira da 18ª semana do Tempo Comum – S. Domingos de Gusmão
De longe o Senhor apareceu-lhe, dizendo: «Amei-te com amor eterno; por isso tive compaixão de ti.» (cf. Jer 31,1-7)
O encontro, entre Deus e a humanidade,
é uma constante declaração de amor,
embora seja noite e a Voz venha de longe!
É a compaixão que arde o coração
e faz Deus sair eternamente ao nosso encontro
e nós pontualmente voltar-nos para Deus!
Qual mulher pagã suplicamos ao Senhor misericórdia,
pois o Templo ganhou pés de missão e fez-se Emanuel!
O amor eterno soa a sufoco e a medo de não poder mudar!
A compaixão e a misericórdia soa a fraqueza,
a medo que o outro abuse da nossa bondade, que nos engane!
Por isso, a religião agora quer-se descomprometida,
a relação virtual e fluida, o amor a termo e livre!
Como falta a fé e a esperança na eternidade,
tudo tem o selo do tempo, do limitado, do precário!
A família e a Igreja estão a sofrer desta precariedade cultural!
Senhor, sonho voar, mas pesam-me os pés limitados,
e contento-me com o instante, com flashes de felicidade!
Busco ser livre e apequeno o amor, para que não seja eterno!
Sofro a traição e, em vez de a curar com a misericórdia,
ressinto o rancor e fecho-me no medo de ser enganado!
Abre-nos à alegria de viver, servindo e amando,
como o teu Filho, que de longe nos visita e perto nos acompanha,
na noite da fé, cheia de sinais da Luz da aurora!
S. Domingos, humilde e sábio pregador da verdade,
ensina-nos a amar com amor eterno e a perdoar sempre!
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