domingo, setembro 09, 2018
23º Domingo do Tempo Comum
Então se abrirão os olhos dos cegos e se desimpedirão os ouvidos dos surdos. (cf. Is 35,4-7a)
Deus criou tudo belo e bom
e colocou-nos como cuidadores da criação,
instruindo-nos com a sabedoria da harmonia e da paz.
Mas os cuidadores perderam a acuidade do Alto
e só se ouviam a si mesmos, numa teimosia cega!
O Filho de Deus veio recriar uma nova humanidade,
que ouve, vê, sente, cheira, saboreia e toca como discípulo
e fala como profeta, Servo do Evangelho!
A cegueira da cobiça distorce a realidade,
concentra-nos na aparência, ignora o que exige generosidade!
A surdez do interesse só se escuta a si mesmo,
tornando-o escravo das suas necessidades e caprichos!
A língua do diálogo fica raquítica,
dando lugar à língua da murmuração e do insulto,
como instrumento de fanfarronice e arma de ataque!
Quão belo e bom é quando a escuta é livre,
a visão é profunda, a linguagem é terna
e o toque é mão amiga que abençoa e eleva!
Senhor, liberta-nos da cegueira da fé
e da surdez da obediência, para que Cristo seja tudo em nós!
Que o teu Espírito nos ensine a comunhão na diferença,
o diálogo no desencontro, o perdão na infidelidade,
o louvor na força da vida e a prece no infortúnio!
Que o “Efatá” do Batismo se atualize em nós,
na escuta da Palavra e no olhar o Céu com confiança,
e no “vai em paz”da Reconciliação e da Eucaristia!
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