sexta-feira, março 08, 2019
6ª feira depois das Cinzas – S. João de Deus
O jejum que Me agrada: desatar os laços da servidão e não voltar as costas ao teu semelhante. (cf. Is 58,1-9a)
Agrada a Deus quando se revê nas suas criaturas.
Em Deus, o amor faz-se justiça e misericórdia,
em Jesus encontramos uma alma gémea do Pai!
O jejum é um exercício de libertação de si mesmo
para estar mais livre para amar e libertar o próximo.
Não agrada ao Senhor um jejum meramente ritual,
desgarrado da ternura, da compaixão e da justiça.
Quaresma é tempo de jejum que liberta do egoísmo!
Um mundo em permanente mudança leva à insegurança.
Uns deixam-se levar na onda como casca de ovo;
outros recusam-se a mudar agarrando-se ao passado;
outros buscam seguranças em regras rígidas de ritos,
casuísticas morais, fundamentalismos agressivos.
Atados aos seus medos, tornam-se pessoas insociáveis,
difíceis de diálogo, a raiar o maniqueísmo!
O jejum faz parte do seguimento de Jesus
no mundo em que vivemos
e a necessitar de uma ecologia libertadora do desejo!
Senhor, és Aquele que é e assumes a precariedade da nossa mudança.
Como é bom ter-Te como companheiro e saber-nos amados!
Quanto jejum de glória e de descanso fazes para nos salvar!
Que o teu Espírito nos inspire o jejum que necessitamos e Te agrada,
para que a nossa vida seja fecunda de justiça e de caridade,
de harmonia e liberdade, de paz e de misericórdia.
Dá-nos uma verdadeira Quaresma que nos configure em Cristo,
a exemplo de S. João de Deus, o santo dos marginalizados!
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