quinta-feira, maio 23, 2019

 

5ª feira da 5ª semana do Tempo Pascal


Então, toda a assembleia ficou em silêncio e começou a ouvir. (cf. At 15,7-21)

Jesus permanece no amor do Pai e no oceano do Espírito
e quer envolver-nos a todos nesse mesmo amor.
A voz de Pedro é um ministério de comunhão
que acalma as tempestades e discussões internas.
Só quando a Igreja é capaz de fazer silêncio, 
a escuta do outro e de Deus é orvalho que acalma
e diálogo que clarifica a verdade e a caridade.

O silêncio não é alheamento da realidade,
mas escuta do mistério da vida, de Deus e do outro.
Numa vida em velocidade e competitividade, 
as novidades entram em enxurradas,
e torna-se difícil a interiorização, o diálogo e o discernimento.
Tudo é “fast”: a oração, a celebração, o encontro, o diálogo!
E para evitar o diálogo e a insegurança do peregrinar da verdade,
grita-se, amua-se, ataca-se, agride-se, impõe-se, foge-se.
Saber ler a vida com a paz de ser amado é o segredo da alegria!

Senhor, obrigado pelo silêncio da noite que embala a vida
e se estende pela aurora, sedento da luz da verdade.
Que mistério é a vida, quando a escuta se faz compaixão,
e a verdade dá as mãos à caridade na alegria do amor mútuo!
Que o teu Espírito nos faça chegar à alegria completa
e nos ensine a ler a vida à luz dos frutos evangélicos,
no dinamismo da missão e nas novidades do tempo e da cultura.
Que belo é ser Igreja em mar alto, com a bússola da escuta!

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