quarta-feira, fevereiro 26, 2020
4ª feira de Cinzas
Tende cuidado em não praticar as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. (cf. Mt 6,1-6.16-18)
Deus vê o oculto, a verdade que nos habita e floresce.
É Ele que nos recompensa ou condena,
pois Ele é a única e última Palavra que conta.
Por isso, a verdade e transparência diante de Deus
é a nossa condição de criaturas, o caminho da conversão.
A Quaresma é tempo favorável para nos expormos a Deus,
nos vermos ao espelho da sua Palavra e à luz do seu Espírito.
É Deus que afere a bondade das nossas obras!
O conceito de pecado anda muito condicionado pelo parecer do outro.
Como vivemos numa sociedade eticamente libertina,
não havendo coação social, perde-se o sentido do mal.
Aquilo que são exceções à regra da proteção à vida,
como é a despenalização do aborto e da eutanásia em casos extremos,
acaba por se assumir como “normal” e perde o sentido de pecado.
Aquilo que são fugas à verdade ou corrupção escondida,
se não for descoberta e sancionada, não é vista como um problema!
A consciência tornou-se demasiado relativa, permissiva e elástica!
Senhor, Tu és o único que nos conhece profundamente,
pois estás sempre connosco,
visitas os nossos sótãos e caves escondidas,
vês-nos para além das nossas máscaras e representações.
Só Tu conheces as causas e podes ser o Médico das nossas doenças,
por isso, cura-nos e abre-nos à tua misericórdia.
Nesta Quaresma aguça o nosso discernimento do bem e do mal,
num parar para reparar, num silenciar para escutar,
num fortalecer para caminhar em direção à verdade do Amor!
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