domingo, fevereiro 16, 2020
6º Domingo do Tempo Comum
Se a vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus, não entrareis no reino dos Céus. (cf. Mt 5,17-37)
Deus conhece os segredos mais profundos da criação,
pois Ele é o artista que nos criou e sustenta.
Não se fixa nas aparências nem nas representações teatrais,
mas no coração da pessoa, nas suas motivações mais profundas.
Por isso, a nossa resposta religiosa não é feita a metro,
mas à medida de cada medida, num amor e entrega sem medida.
O Espírito Santo adulta-nos na sabedoria do bem sem filtros,
numa transparência e fragilidade de criança que ama como pode!
Trata-se de afinar a arte de querer bem
que não se contenta com o cumprimento do dever,
pois amar não tem horário, nem “já basta”!
Vivemos num mundo em mudança, que cria insegurança,
por isso, para diminuir a ansiedade da vertigem da fé,
muitos agarram-se aos carris dos rituais certinhos e antigos
muitas vezes desgarrados da ética com que se vive.
Esta prática religiosa, julgada superior e perfeita,
cria o orgulho e o desprezo dos considerados ignorantes
e pecadores, condenados à perdição eterna!
A dificuldade é conjugar estes religiosos inchados
com a caridade e a humildade fraterna própria de Jesus.
Senhor, Tu sabes que procuro amar-Te,
mas também sabes que às vezes faço férias de amar,
e me encosto ao comodismo, à mentira escondida,
à murmuração do irmão, ao ressentimento amuado.
Sou um principiante que deseja amar sem medida,
mas quanto tenho ainda de caminhar nesta arte divina
de ser fonte boa que sacia, purifica e dá vida!
Conduz-nos no teu Caminho, guiados pelo teu Espírito!
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