sábado, fevereiro 15, 2020
Sábado da 5ª semana do Tempo Comum
Tomou os sete pães e, dando graças, partiu-os e deu-os aos discípulos, para que os distribuíssem. (cf. Mc 8,1-10)
Deus é Fonte que se faz dom e compaixão.
É o amor que O faz arder e inclinar-se para a criação
e nos envolve neste olhar comprometido com a vida do próximo.
Jesus é Palavra que guia, compaixão que ensina a dar graças,
gratidão que se faz solidariedade, pão que se reparte.
Quando a soberba nos domina e o medo nos conduz,
a idolatria nos divide, a bolsa se fecha, a indiferença nos seca.
O conceito de propriedade privada perdeu o sentido do dom.
O “é meu” é agarrado como osso que vários cães cobiçam.
O título de propriedade justifica a indiferença, a insensibilidade,
a comida deitada ao lixo apesar da fome ao lado,
o acumular desnecessário, o olhar encurvado!
O problema da fome não é a falta de alimentos,
mas a falta de partilha e distribuição equitativa dos recursos.
E assim, uns morrem por obesidade, outros por desnutrição!
Senhor, obrigado porque em mim tudo é dom:
a vida, as capacidades, os ministérios,
os irmãos, os colaboradores, a saúde, a fé…
Dou-Te graças pelas pessoas que vás colocando no meu caminho,
pelos sentimentos de compaixão que incomodam o meu bem-estar,
pelos testemunhos de partilha que me desafiam a partilhar.
Perdoa o que acumulo sem precisar, o que partilho sem alegria,
o que faço para me mostrar, as vezes que viro a cara para não olhar!
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