segunda-feira, março 16, 2020

 

2ª feira da 3ª semana da Quaresma


Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. (cf. 4,24-30)

Deus é o Médico que nos quer curar,
mas nem todos os doentes se reconhecem doentes,
nem todos confiam neste Médico tão próximo e amigo.
O profeta é sempre alguém de nós inspirado elo Espírito,
que normalmente é melhor acolhido pelos de fora 
do que pelos próximos e conhecidos.
O mesmo aconteceu a Jesus, que além de profeta,
é Filho de Deus encarnado, Palavra viva vizinha,
como rotina sem mistério que já se julga conhecer!
Quaresma é para redescobrir o mistério escondido na rotina!

A proximidade dá-nos a sensação de conhecimento do outro,
por outro lado, a convivência dá-nos consciência das fragilidades,
dos limites… de que afinal somos muito iguais!
E este baixar de idealização, retira-nos a abertura para o mistério,
para o único que é cada um, para a mensagem mal embrulhada!
Se juntarmos a isto o medo do outro e a inveja,
temos a preparação básica para não acolher a profecia do conhecido.
E em certo sentido, é o desconhecimento profundo do outro,
que dá espaço à idealização e idolatrizarão de alguém.
E facilmente concluímos que o profeta, em quem acreditamos 
está longe, fora de casa, noutra cidade e até noutro país!

Senhor, tão próximo no dom e na Palavra,
tão longe na posse e no conhecimento do teu mistério!
Abre-nos à fé na tua Palavra que ecoa nos acontecimentos,
nas surpresas das torres que se desfazem em pó,
dos impérios que se desmoronam enfermos de um vírus,
na globalização que abre horizontes e aproxima espaços,
mas que também espalha doenças e infesta o equilíbrio ecológico.
Espírito Santo, dá-nos discernimento para compreendermos 
se somos bênção ou doença partilhada e mortífera!

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