segunda-feira, março 23, 2020
2ª feira da 4ª semana da Quaresma
Senhor, desce, antes que meu filho morra. (cf. Jo 4,43-54)
A esperança é fruto do amor paterno de Deus.
A sua Palavra é força criadora, compaixão misericordiosa,
missão encarnada, Espírito renovador.
Os homens põem-se a inventar e Deus vive a corrigir,
a recriar, a curar, a dar nova vida!
Neste tempo de Quaresma e tempo de esperança enevoada,
elevamos as mãos suplicantes para o Céu:
“Senhor, desce, livra-nos do mal e cura-nos!”
É difícil alimentar a esperança
quando nos apresentam perspetivas mundiais catastróficas,
seja ao nível da saúde, da economia e das consequências sociais.
Além disso, a Igreja vive a fragilidade do “não”:
não poder celebrar a fé comunitariamente,
não poder visitar e consolar os sós e doentes…
Tudo se desloca para o mundo virtual, não presencial!
É tempo de acreditar na força da Palavra sem sinal,
na oração silenciosa, na comunhão na súplica.
Jesus não vai, mas cura com a sua Palavra: Vai, o teu filho vive!
Senhor, dou-Te graças pelo dom da vida, da casa,
da família e da comunidade.
Senhor, eu sei que estás connosco neste tempo de medo,
para nos fortaleceres a esperança e proteger os frágeis.
Nota-se que o teu Espírito anda por aí a trabalhar:
quanto anseio por salvar vidas,
quanta obediência para não ser portador de doença,
quanta solidariedade e vizinhança renascida na contingência!
Ajuda-nos a aproveitar esta crise para criarmos uma nova terra!
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