sábado, março 21, 2020

 

Sábado da 3ª semana da Quaresma


Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador. (cf. Lc 18,9-14)

O amor de Deus é tão grande, infinitamente grande,
que a sua Palavra é respeitosa e paciente,
luz que ilumina a verdade e faz arder a consciência.
O seu conhecimento profundo de cada um de nós
é iniciativa misericordiosa, missão redentora.
Em Jesus encontramos a plena revelação de Deus,
o Grande que se faz pequeno, a Palavra que se faz presença,
o Juiz que se faz pai, irmão, pastor, médio, amigo, cordeiro.
Perante tal santidade, só posso dizer:
tem compaixão de mim, porque sou pecador!

A maioria das vezes jogamos à defesa:
“eu não tenho pecado”, “eu fiz isto e aquilo…”
Outras vezes tentamos desculpar-nos:
“falhei na oração porque não tenho tido tempo”,
“menti porque eram coisas sem importância
e podia ficar mal visto pelos outros”;
“todos fazem assim e não podia perder a ocasião”…
Outras vezes ainda, comprazemo-nos a murmurar do outro,
a critica-lo e a julga-lo por detrás, sem compaixão!
O outro não será o espelho que nos mostra 
o que não queremos reconhecer em nós?

Senhor, bendito sejas pela compreensão e paciência
para com este nada que se quer fazer grande,
mas que não passa de um mortal a aprender a ser discípulo!
É tão fácil cair na fanfarronice, na vaidade,
na exaltação que esconde incoerência, na mentira.
Ajuda-nos, Senhor, a ser mais humildes e sinceros,
pois nada somos sem o dom do Teu amanhã!
Tende compaixão de nós, 
pois ainda estamos tão longe da Tua santidade!

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